|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Calouro", Leonardo se inspira no Brasil de 82
Treinador sonha com Milan vistoso na esteira do Barcelona de Guardiola
Técnico novato assume o time italiano contando com a permanência de Kaká e a melhora de Ronaldinho para tentar repetir equipe de Telê
Paolo Bona/Reuters
|
|
Leonardo, que vai assumir como técnico do Milan, e Adriano Galliani, vice-presidente do clube
DA REPORTAGEM LOCAL
Leonardo está só começando
uma nova carreira, mas inspirado em um dos mais festejados técnicos do futebol: Telê
Santana. Apresentado ontem
como novo treinador do Milan,
o ex-lateral e meia disse que
tem como ideal a seleção brasileira de 1982 que caiu ante a
Itália na Copa da Espanha.
""A seleção de 82 é uma referência como modo de jogar. Tive o Telê como treinador por
quatro anos e entendi muito o
que ele queria transmitir. O
Brasil já era ofensivo e ele queria um time ainda mais ofensivo. Isso me marcou, faz parte
da minha formação. Aquele time com Sócrates, Zico, Cerezo,
Falcão, com dois laterais que
jogaram como Leandro e Júnior, dava prazer ver", disse o
sucessor de Carlo Ancelotti.
A Itália venceu por 3 a 2 e eliminou o Brasil de 1982, que ficou com fama de time de ótimo
futebol, mas sem resultados.
""Claro que estamos falando
dos anos 80. Passaram-se 27
anos, alguns valores permanecem, outros não. Aquele time é
uma referência para mim",
afirmou Leonardo, que tenta
seguir os passos de Guardiola,
que assumiu, jovem (38 anos),
o Barcelona e ganhou vários títulos na primeira temporada.
Leonardo, 39, assinou por
dois anos com o Milan, que não
conquistou troféus nesta temporada, mas jogará a Copa dos
Campeões na próxima.
""Nunca fui técnico, mas me
sinto em condições. Estou feliz,
em uma nova aventura, e espero que seja algo positivo. Ancelotti e meu filho foram os maiores incentivadores. Humildade
e vontade de fazer formam a
base sólida desta aventura."
Como Guardiola, Leonardo
conhece bem o clube que assume. Além de ter sido atleta do
Milan, ele era diretor do time
-foi importante, por exemplo,
na contratação de Kaká.
Quinto brasileiro a dirigir um
time de elite na Itália, ele tentará quebrar um tabu. Os antecessores não conseguiram títulos, no máximo vices nacionais.
O último foi Sebastião Lazaroni, que comandou a Fiorentina
logo após a Copa de 1990.
Leonardo conta com a permanência de Kaká, que está na
mira de Chelsea e Real Madrid.
Ontem, em Teresópolis, onde
está com a seleção brasileira, o
meia se recusou a comentar sobre sua possível negociação.
""Sobre os boatos que cercam
Kaká, repito que ele é um jogador do Milan. A única oferta foi
a do Manchester City. Agora, só
há interesses", falou.
Para ele, Ronaldinho rendeu
bem nos seis primeiros meses
de Milan e depois, por problemas físicos, caiu de produção.
Mas aposta que vai melhorar.
Texto Anterior: Rival: Carlos Alberto diz que vai a campo Próximo Texto: No Chelsea, Ancelotti já se enrola Índice
|