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trilegal
Corinthians decola para a América
Frio, time empata com Inter, leva Copa do Brasil pela 3ª vez e tenta inédito título da Libertadores no ano do centenário
Ayrton Vignola/Folha Imagem
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Jorge Henrique festeja seu gol, o primeiro do Corinthians
PAULO GALDIERI
RODRIGO MATTOS
ENVIADOS ESPECIAIS A PORTO ALEGRE
Do rebaixamento no final de
2007 ao posto de melhor time
do Brasil no primeiro dia do segundo semestre de 2009. Campeão da Copa do Brasil, ontem,
o Corinthians consolidou-se
como a equipe mais eficiente e
vencedora do país neste ano.
É a única com dois títulos.
Tem o principal jogador em
gramados nacionais, Ronaldo.
Mais: já está na Libertadores
em 2010, quando comemorará
seu centenário -e desde já o
inédito título continental, num
ano de celebração, ganha ares
de ideia fixa, de obsessão.
Em Porto Alegre, na finalíssima diante do Inter, assim como
em outros jogos da competição,
mostrou frieza incomum, fugindo de todas as confusões e
provocações durante a partida.
Subjugou o adversário com
facilidade. Após a vitória em casa, conseguiu dois gols antes
dos 30min do primeiro tempo.
E, ao final, empatou por 2 a 2,
resultado que lhe deu o título.
André Santos e Jorge Henrique fizeram o 2 a 0. Acabaram,
assim, com o inferno no Beira-
-Rio prometido pelos colorados. Quando veio o empate, havia pouco tempo para a reação.
"A equipe do Inter é bem
postada. Conseguimos marcar
os pontos principais dela e jogar", sintetizou André Santos.
Foi assim em toda a campanha na Copa do Brasil, com um
Corinthians certeiro e seguro.
Bem defensivamente, marcava
placares discretos, mas que
sempre garantiam vaga.
Sem goleadas, o Corinthians
teve média de apenas 1,6 gol
por partida. Em compensação,
só sofreu 0,6 gol por jogo. Ou
seja, sua defesa funcionou bem
melhor do que o ataque -e o time só amargou uma derrota.
Foi essa a diferença em relação à Copa do Brasil de 2008,
quando a equipe perdeu três
vezes. Naquela edição, seu ataque foi bem, com 2,5 gols por
jogo. Mas a defesa sofreu 1,1.
Foram os dois gols do Sport, no
final, que derrubaram a equipe.
Naquela decisão, o descontrole
representou o fracasso.
Mas, com a formação atual,
Vasco, Fluminense e Atlético-PR foram superados com frieza. Esse pragmatismo é uma tônica da campanha vitoriosa.
O time paulista conquistou
66,7% dos pontos disputados
em 2009. Já o Inter, quase 80%.
Mas na decisão, na fria Porto
Alegre, venceu o time mais frio.
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