São Paulo, quinta-feira, 02 de julho de 2009

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trilegal

Corinthians decola para a América

Frio, time empata com Inter, leva Copa do Brasil pela 3ª vez e tenta inédito título da Libertadores no ano do centenário

Ayrton Vignola/Folha Imagem
Jorge Henrique festeja seu gol, o primeiro do Corinthians

PAULO GALDIERI
RODRIGO MATTOS
ENVIADOS ESPECIAIS A PORTO ALEGRE

Do rebaixamento no final de 2007 ao posto de melhor time do Brasil no primeiro dia do segundo semestre de 2009. Campeão da Copa do Brasil, ontem, o Corinthians consolidou-se como a equipe mais eficiente e vencedora do país neste ano.
É a única com dois títulos. Tem o principal jogador em gramados nacionais, Ronaldo.
Mais: já está na Libertadores em 2010, quando comemorará seu centenário -e desde já o inédito título continental, num ano de celebração, ganha ares de ideia fixa, de obsessão.
Em Porto Alegre, na finalíssima diante do Inter, assim como em outros jogos da competição, mostrou frieza incomum, fugindo de todas as confusões e provocações durante a partida.
Subjugou o adversário com facilidade. Após a vitória em casa, conseguiu dois gols antes dos 30min do primeiro tempo. E, ao final, empatou por 2 a 2, resultado que lhe deu o título.
André Santos e Jorge Henrique fizeram o 2 a 0. Acabaram, assim, com o inferno no Beira- -Rio prometido pelos colorados. Quando veio o empate, havia pouco tempo para a reação.
"A equipe do Inter é bem postada. Conseguimos marcar os pontos principais dela e jogar", sintetizou André Santos.
Foi assim em toda a campanha na Copa do Brasil, com um Corinthians certeiro e seguro. Bem defensivamente, marcava placares discretos, mas que sempre garantiam vaga.
Sem goleadas, o Corinthians teve média de apenas 1,6 gol por partida. Em compensação, só sofreu 0,6 gol por jogo. Ou seja, sua defesa funcionou bem melhor do que o ataque -e o time só amargou uma derrota.
Foi essa a diferença em relação à Copa do Brasil de 2008, quando a equipe perdeu três vezes. Naquela edição, seu ataque foi bem, com 2,5 gols por jogo. Mas a defesa sofreu 1,1. Foram os dois gols do Sport, no final, que derrubaram a equipe. Naquela decisão, o descontrole representou o fracasso.
Mas, com a formação atual, Vasco, Fluminense e Atlético-PR foram superados com frieza. Esse pragmatismo é uma tônica da campanha vitoriosa.
O time paulista conquistou 66,7% dos pontos disputados em 2009. Já o Inter, quase 80%.
Mas na decisão, na fria Porto Alegre, venceu o time mais frio.


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