|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
2006 - 2010 - 2014
Se vencer hoje, seleção deixa para trás fiasco na Alemanha e vai fazer jogo centenário na abertura da Copa no Brasil
Holanda x Brasil
Seleção joga em Port Elizabeth,
às 11h, pela vaga nas semifinais
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A PORT ELIZABETH
Vencer a Holanda hoje,
para o Brasil, significa não só
continuar vivo na Copa mas
ajudar a apagar quatro anos
e a avançar outros quatro.
O confronto pelas quartas
de final, no estádio Nelson
Mandela Bay, levará, bem ou
mal, a seleção a se lembrar
da fracassada campanha na
Alemanha e, dependendo do
resultado, fará da transição
para a Copa brasileira de 2014 algo inesquecível.
Se passar hoje, o Brasil encerrará esta Copa com 99 jogos e fará da abertura do
Mundial no país uma partida
histórica, a centésima.
Será a primeira vez que
uma seleção chegará à marca
centenária em Mundiais.
O triunfo fará também o time dirigido por Dunga superar a campanha de 2006, que
acabou de forma desoladora,
depois de um passeio da
França comandada por Zidane nas quartas de final.
Aquela derrota por 1 a 0,
gol de Thierry Henry, desencadeou uma das mais importantes mudanças de mentalidade da seleção na história.
Ao colocar Dunga no comando, Ricardo Teixeira,
presidente da CBF, rompeu
com padrão característico da
seleção: de autonomia e privilégios às estrelas do time.
Com Dunga não há privilégios aos medalhões, a seleção brasileira nunca foi tão
fechada, e Teixeira, o barão
da Copa de 2014, vai colher
os frutos dessa mudança radical ou afundar com ela.
Uma eventual eliminação
obrigará o cartola a lidar com
uma crise nos mesmos dias
em que espera transformar o
Brasil na capital mundial do
futebol com sua Copa.
No próximo dia 8, um
evento em Johannesburgo,
com a presença do presidente Lula, vai lançar oficialmente o Mundial brasileiro.
"O PASSADO NÃO CONTA"
"As partidas são cada vez
mais emocionantes, de mais
qualidade técnica. E o que ficou para trás conta cada vez
menos", diz Dunga, que encarou duas vezes a Holanda
em Copas quando era atleta.
Nas duas vezes, uma em
1994 e outra em 1998, saiu vitorioso. Na última, foi um dos
que converteram os pênaltis
(quatro certos no total) que
levaram o Brasil à final. "O
pênalti tinha que reconfirmar o título de 94. Caso contrário, iam dizer que foi sorte.
Para mim, eram os últimos
jogos na seleção", disse ele.
Dunga defendeu a seleção
naqueles Mundiais. "Ser vice
[em 98] e campeão [94] é
muito bom", falou o técnico.
Por enquanto, os brasileiros têm retrospecto favorável. A Holanda, em Copa, só
passou pelo Brasil uma vez,
em 1974. "Tomara que continue assim, a nosso favor",
afirmou Dunga. Para o bem
dele, para esquecer o fiasco
da Alemanha, para que a Copa do Brasil não comece com
um gosto amargo da África.
Texto Anterior: Painel FC na Copa Próximo Texto: Badalada, partida amarga falta de estrutura em Port Elizabeth Índice
|