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Muito prazer
Atletas da atual seleção enfrentam pela 1ª vez a Holanda, cujo capitão diz querer mudar histórico de reveses
Eduardo Knapp/Folhapress
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Brasileiros treinam em Port Elizabeth
DOS ENVIADOS A PORT ELIZABETH
Brasil e Holanda já se enfrentaram três vezes em Copas (1974, 1994 e 1998), sempre em situações decisivas.
Houve ainda seis amistosos entre as duas seleções, o
último deles realizado em 9
de outubro de 1999, em partida que terminou 2 a 2.
Por isso, nenhum dos 23
convocados por Dunga para
a Copa sul-africana enfrentou até hoje o time holandês.
Mesmo os mais experientes, como os zagueiros Lúcio
e Juan e o volante Gilberto
Silva, todos com mais de cem
convocações, não faziam
parte da seleção brasileira
quando jogar contra a Holanda era mais comum.
"Mas a gente conhece quase todos os jogadores, ou por
serem companheiros de time
ou por já ter jogado contra",
declarou o zagueiro Juan.
"É um time muito rápido,
que não tem apenas Robben", comentou o camisa 4
da seleção brasileira.
"Vamos marcá-lo como fizemos com o Drogba [da Costa do Marfim] e com o Cristiano Ronaldo [de Portugal],
por zona, sempre com atenção nos outros", disse.
Para Dunga, não faz sentido evocar os últimos confrontos entre Brasil e Holanda. "As duas equipes tentam
jogar, têm jogadores de boa
técnica, tentam aquilo de
que gostamos, o drible."
Para o técnico, cada geração defende a sua época.
"Meu avô dizia para o meu
pai que o futebol bom era o
da época dele. Meu pai dizia
o mesmo para mim, eu para o
meu filho, e ele para o meu
neto", afirmou Dunga.
"JAMAIS GANHEI"
Do outro lado, só o lateral
esquerdo Giovanni van
Bronckhorst, 35, que é o capitão da seleção comandada
por Bert van Marwijk, e o zagueiro Andre Ooijer, 35, que
hoje é reserva, já jogaram
contra a seleção brasileira.
"A verdade é que joguei
umas cinco vezes [diante do
Brasil] e jamais ganhei", declarou ontem, sorrindo, um
relaxado Van Bronckhorst.
Lateral do holandês Feyenoord, Van Bronckhorst já
ultrapassou a marca de cem
convocações para a seleção
de seu país. Fez sua estreia
com a camisa laranja em um
amistoso entre Brasil e Holanda em agosto de 1996, em
Amsterdã, empate por 2 a 2.
Dois anos depois, ele viu
do banco de reservas seu time ser eliminado nos pênaltis, nas semifinais da Copa de
1998. Ontem, negou qualquer sentimento de revanche
em relação àquela partida.
"Não, não, zero. Aquilo é
passado, ficou para trás", declarou Van Bronckhorst, que
chegou a atuar com Ronaldinho no poderoso Barcelona.
Depois do Mundial da
França, foram mais três
amistosos, todos em 1999,
época em que a Nike (patrocinadora das duas seleções até
hoje) impunha uma agenda
de amistosos à CBF.
Nesses três jogos, realizados em Salvador, Goiânia e
Amsterdã, ocorreram dois
empates e uma vitória do
Brasil. "Já perdemos demais,
quem sabe amanhã [hoje]
possa ser diferente", disse o
capitão da Holanda.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ,
PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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