São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Muito prazer

Atletas da atual seleção enfrentam pela 1ª vez a Holanda, cujo capitão diz querer mudar histórico de reveses

Eduardo Knapp/Folhapress
Brasileiros treinam em Port Elizabeth

DOS ENVIADOS A PORT ELIZABETH

Brasil e Holanda já se enfrentaram três vezes em Copas (1974, 1994 e 1998), sempre em situações decisivas.
Houve ainda seis amistosos entre as duas seleções, o último deles realizado em 9 de outubro de 1999, em partida que terminou 2 a 2.
Por isso, nenhum dos 23 convocados por Dunga para a Copa sul-africana enfrentou até hoje o time holandês.
Mesmo os mais experientes, como os zagueiros Lúcio e Juan e o volante Gilberto Silva, todos com mais de cem convocações, não faziam parte da seleção brasileira quando jogar contra a Holanda era mais comum.
"Mas a gente conhece quase todos os jogadores, ou por serem companheiros de time ou por já ter jogado contra", declarou o zagueiro Juan.
"É um time muito rápido, que não tem apenas Robben", comentou o camisa 4 da seleção brasileira.
"Vamos marcá-lo como fizemos com o Drogba [da Costa do Marfim] e com o Cristiano Ronaldo [de Portugal], por zona, sempre com atenção nos outros", disse.
Para Dunga, não faz sentido evocar os últimos confrontos entre Brasil e Holanda. "As duas equipes tentam jogar, têm jogadores de boa técnica, tentam aquilo de que gostamos, o drible." Para o técnico, cada geração defende a sua época.
"Meu avô dizia para o meu pai que o futebol bom era o da época dele. Meu pai dizia o mesmo para mim, eu para o meu filho, e ele para o meu neto", afirmou Dunga.

"JAMAIS GANHEI"
Do outro lado, só o lateral esquerdo Giovanni van Bronckhorst, 35, que é o capitão da seleção comandada por Bert van Marwijk, e o zagueiro Andre Ooijer, 35, que hoje é reserva, já jogaram contra a seleção brasileira.
"A verdade é que joguei umas cinco vezes [diante do Brasil] e jamais ganhei", declarou ontem, sorrindo, um relaxado Van Bronckhorst.
Lateral do holandês Feyenoord, Van Bronckhorst já ultrapassou a marca de cem convocações para a seleção de seu país. Fez sua estreia com a camisa laranja em um amistoso entre Brasil e Holanda em agosto de 1996, em Amsterdã, empate por 2 a 2.
Dois anos depois, ele viu do banco de reservas seu time ser eliminado nos pênaltis, nas semifinais da Copa de 1998. Ontem, negou qualquer sentimento de revanche em relação àquela partida.
"Não, não, zero. Aquilo é passado, ficou para trás", declarou Van Bronckhorst, que chegou a atuar com Ronaldinho no poderoso Barcelona.
Depois do Mundial da França, foram mais três amistosos, todos em 1999, época em que a Nike (patrocinadora das duas seleções até hoje) impunha uma agenda de amistosos à CBF.
Nesses três jogos, realizados em Salvador, Goiânia e Amsterdã, ocorreram dois empates e uma vitória do Brasil. "Já perdemos demais, quem sabe amanhã [hoje] possa ser diferente", disse o capitão da Holanda.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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