Pontaria supera a do Fenômeno nas quatro partidas iniciais de 2002

DOS ENVIADOS A PORT ELIZABETH

Na África do Sul, Luis Fabiano, 29, é mais letal até do que Ronaldo na melhor Copa do Mundo do maior goleador da história dos Mundiais.
O camisa 9 de Dunga teve somente nove chances de balançar as redes até agora. Em três delas, sem precisar de lances de bola parada ou de jogadas aéreas, Luis Fabiano conseguiu marcar o gol.
O aproveitamento de 33% supera os 28% de Ronaldo nos quatro primeiros jogos do Brasil em 2002 -foram cinco gols em 18 finalizações.
Naquela Copa como um todo, o aproveitamento do agora corintiano ficou em 29%: em 28 tentativas, marcou oito gols, o que fez dele o artilheiro da competição.
Comparar Luis Fabiano com o pesado Ronaldo de 2006 é até covardia. O então centroavante do Brasil precisou de cinco jogos e 15 conclusões para marcar três gols (aproveitamento de 20%).
Ronaldo é o jogador que mais gols fez em Copas: foram 15, em 1998, 2002 e 2006.
A competência do Fabuloso para aproveitar as raras chances que teve supera a de outros goleadores do Mundial sul-africano. O espanhol David Villa, por exemplo, precisou finalizar 19 vezes para anotar seus quatro tentos, aproveitamento de 21%.
Depois de ficar seis jogos sem marcar pela seleção, seu mais longo jejum com a camisa nacional, Luis Fabiano contou com o despertar de Kaká para voltar a festejar.
Dois de seus gols na Copa foram depois de assistências de seu ex-companheiro de São Paulo. O outro, contra a Costa do Marfim, aconteceu depois de linda jogada individual e uma ajuda do braço.
"Tenho a responsabilidade de fazer os gols, estou ali na frente para isso", declarou Luis Fabiano, depois da vitória contra o Chile (3 a 0), nas oitavas de final, jogo em que o atacante do Sevilla marcou seu terceiro gol no Mundial.

BOM NA ÁFRICA
Ser artilheiro em uma competição da Fifa na África do Sul não é novidade para Luis Fabiano, que também é o maior goleador da seleção brasileira sob o comando de Dunga, com 22 gols. Robinho vem a seguir, com 20.
No ano passado, com cinco gols, ele foi o goleador da Copa das Confederações.
A princípio, diz que não pensa em repetir o feito no Mundial. "Não estou pensando nisso [a artilharia]. Gosto de correr por fora. Nunca me preocupei com isso, mas vou procurar fazer o meu trabalho para aproveitar as oportunidade que aparecerem."
Luis Fabiano prevê que hoje, e nos próximos jogos, caso a seleção passe pela Holanda, ele terá mais chances de ampliar sua conta de gols.
"A seleção vem evoluindo. Criamos várias jogadas e conseguimos armar nossos contra-ataques", disse ele, após o triunfo nacional nas oitavas de final.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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