São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Capitão da Alemanha já mira Brasil

Antes de encarar argentinos, Lahm cita time de Dunga como oponente

JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADO ESPECIAL A PRETÓRIA

A autoconfiança alemã para o confronto de amanhã com a Argentina é tão grande que seus jogadores já pensam na Espanha e no Brasil, possíveis adversários, respectivamente, na semifinal e na final da Copa-2010.
Apesar de o diretor-geral da seleção alemã e ex-jogador Oliver Bierhoff ter dito, após o treino de ontem, que "os atletas alemães sabem que ainda não chegaram a lugar nenhum", Lahm já citou os rivais rumo à final.
"Agora temos pela frente Argentina, Brasil e Espanha, oponentes bem mais fortes do que a Inglaterra", disse.
Também na entrevista, Lahm comentou sobre a anunciada visita da primeira-ministra Angela Merkel à equipe. "Se eu a conheço, ela nos visitará no vestiário depois do jogo [contra a Argentina], para nos congratular."
Tanto Bierhoff quanto Lahm tentaram amenizar, mas não muito, o tom das críticas feitas anteontem pelo meia Schweinsteiger à "catimba" argentina. Disseram estar preparados para não aceitar provocações.
"Em campo, eles tendem a provocar e ser um tanto agressivos", disse Bierhoff. Lahm, também capitão do time, foi nessa linha: "Todos sabem que os sul-americanos são temperamentais e não gostam de perder".
Na Copa de 2006, na Alemanha, os anfitriões eliminaram a Argentina nas quartas de final, nos pênaltis.
Lahm elogiou o meia Özil. "Ele é um armador clássico, como havia muito tempos não tínhamos na Alemanha. Özil é muito bem dotado tecnicamente, tem uma visão de jogo fantástica e ainda chega para chutar a gol."
Özil, Podolski e Cacau foram poupados do treino de ontem. Segundo Bierhoff, só Cacau está praticamente fora do jogo. Podolski sentiu dores musculares, e Özil "precisava de um descanso para recarregar as energias".
Sobre o fato de os alemães, nas últimas décadas, sempre chegarem pelo menos às quartas, Lahm comentou: "Desde pequenos, em nossos clubes, somos treinados a lidar com as frustrações e as complicações, a manter o equilíbrio emocional".


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