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Paraguai diz que atacará a Fúria
Com só 3 gols na Copa e diante de rival temido, time irá "para cima", afirma Roque Santa Cruz
DO ENVIADO A CENTURION
Com a missão de parar um
time com Villa, Xavi e Iniesta, entre outros, a defesa paraguaia deveria estar tendo
pesadelos. Mas é o ataque a
preocupação no jogo de amanhã contra a Espanha, pelas
quartas de final da Copa.
Até agora, com só três gols
feitos em quatro jogos, o pior
ataque entre os oito times
restantes é o do Paraguai.
Foram dois 0 a 0: contra a
Nova Zelândia na primeira
fase e contra Japão nas oitavas, partida em que os paraguaios se classificaram na
cobrança de pênaltis.
"Em todos os jogos, nós fazemos uma pressão muito
grande. O objetivo é fazer
gols, mas o mais importante
é que a situação de ataque se
apresente", afirmou o principal atacante do time, Roque
Santa Cruz, que até agora está zerado na competição.
"Não vamos mudar nossa
forma de jogar, de um jeito
agressivo. Vamos para cima
para criar situações de perigo", declarou Santa Cruz.
Os paraguaios realizaram
apenas 34 jogadas de ataque
na Copa, exatamente a metade do que produziu a Fúria.
Para dar uma ideia de como o retrospecto é modesto,
é o mesmo que atacou a limitadíssima seleção sul-africana. Com a diferença de que o
Paraguai teve um jogo a mais
do que os Bafana Bafana.
Para o atacante Lucas Barrios, a dificuldade em atacar
vem do fato de que as partidas têm sido muito disputadas, e não só para o Paraguai.
"Houve muitos resultados
1 a 0 ou 2 a 1 nesta Copa. No
jogo passado, não fizemos
gols, mas os pênaltis serviram para a classificação. E isso é o mais importante."
O desgaste em razão da
maratona contra os japoneses deve pesar, admitiu Santa Cruz, mas isso será compensado pelo estímulo que
será enfrentar uma das favoritas da Copa, a Espanha.
"Todos chegamos a esta
altura um pouco cansados,
mas, evidentemente, a magnitude das circunstâncias faz
com que nós passemos por
cima disso", afirmou ele.
"Jogar contra um dos favoritos do Mundial é algo a
mais para nós", completou.
Se o ataque preocupa, a
defesa promete segurar o forte poder ofensivo dos espanhóis. A orientação do técnico Gerardo Martino, segundo
Barrios, tem sido de que essa
é uma tarefa de todo o time.
"Nós estamos sólidos na
defesa, tomamos apenas um
gol [contra a Itália]. Os jogadores ofensivos também ajudam a defender, e isso mostra que a equipe está muito
compacta. Essa é a chave",
aposta ele.
(FÁBIO ZANINI)
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