São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Paraguai diz que atacará a Fúria

Com só 3 gols na Copa e diante de rival temido, time irá "para cima", afirma Roque Santa Cruz

DO ENVIADO A CENTURION

Com a missão de parar um time com Villa, Xavi e Iniesta, entre outros, a defesa paraguaia deveria estar tendo pesadelos. Mas é o ataque a preocupação no jogo de amanhã contra a Espanha, pelas quartas de final da Copa.
Até agora, com só três gols feitos em quatro jogos, o pior ataque entre os oito times restantes é o do Paraguai.
Foram dois 0 a 0: contra a Nova Zelândia na primeira fase e contra Japão nas oitavas, partida em que os paraguaios se classificaram na cobrança de pênaltis.
"Em todos os jogos, nós fazemos uma pressão muito grande. O objetivo é fazer gols, mas o mais importante é que a situação de ataque se apresente", afirmou o principal atacante do time, Roque Santa Cruz, que até agora está zerado na competição.
"Não vamos mudar nossa forma de jogar, de um jeito agressivo. Vamos para cima para criar situações de perigo", declarou Santa Cruz.
Os paraguaios realizaram apenas 34 jogadas de ataque na Copa, exatamente a metade do que produziu a Fúria.
Para dar uma ideia de como o retrospecto é modesto, é o mesmo que atacou a limitadíssima seleção sul-africana. Com a diferença de que o Paraguai teve um jogo a mais do que os Bafana Bafana.
Para o atacante Lucas Barrios, a dificuldade em atacar vem do fato de que as partidas têm sido muito disputadas, e não só para o Paraguai.
"Houve muitos resultados 1 a 0 ou 2 a 1 nesta Copa. No jogo passado, não fizemos gols, mas os pênaltis serviram para a classificação. E isso é o mais importante."
O desgaste em razão da maratona contra os japoneses deve pesar, admitiu Santa Cruz, mas isso será compensado pelo estímulo que será enfrentar uma das favoritas da Copa, a Espanha.
"Todos chegamos a esta altura um pouco cansados, mas, evidentemente, a magnitude das circunstâncias faz com que nós passemos por cima disso", afirmou ele.
"Jogar contra um dos favoritos do Mundial é algo a mais para nós", completou.
Se o ataque preocupa, a defesa promete segurar o forte poder ofensivo dos espanhóis. A orientação do técnico Gerardo Martino, segundo Barrios, tem sido de que essa é uma tarefa de todo o time.
"Nós estamos sólidos na defesa, tomamos apenas um gol [contra a Itália]. Os jogadores ofensivos também ajudam a defender, e isso mostra que a equipe está muito compacta. Essa é a chave", aposta ele.
(FÁBIO ZANINI)


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