São Paulo, domingo, 02 de agosto de 2009

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Sem fazer força, Palmeiras amplia folga no Brasileiro

Time bate o Sport e abre 6 pontos de diferença sobre o Atlético-MG, que joga hoje

Sport 0
Palmeiras 1

DA REPORTAGEM LOCAL

O empate já era festejado. Mas já que o Sport resolveu marcar um gol contra, o Palmeiras deixou a Ilha do Retiro com a vitória e a liderança do Brasileiro mais consolidada.
Os seis pontos de diferença em relação ao Atlético-MG (34 a 28), que hoje recebe o Coritiba no Mineirão, aproximam os paulistas da conquista simbólica do primeiro turno.
Ao término desta 16ª rodada, faltarão três para o fim da primeira metade da competição.
Depois de uma partida fraca tecnicamente, 1 a 0 acabou se transformando em goleada.
"A equipe fez bem. Trabalhou, valorizou a bola e soube lidar com a vantagem de estar com um homem a mais", disse o meia Diego Souza.
O técnico Muricy Ramalho não optou nem por Souza nem por Ortigoza. Para encarar o 3-5-2 do Sport, ele montou o Palmeiras neste mesmo esquema, com Marcão ao lado de Danilo e Maurício Ramos na zaga.
A mesma fórmula fora adotada por Vanderlei Luxemburgo, então técnico do clube, quando os paulistas eliminaram os pernambucanos da Libertadores, no dia 12 de maio deste ano.
No entanto, tirando o esquema tático, de resto pouca coisa no duelo de ontem lembrou o eletrizante confronto protagonizado pelas equipes na competição sul-americana.
Diante de um estádio impaciente com a atual fase do time -o Sport só venceu três de 15 jogos disputados depois da queda na Libertadores-, os anfitriões mostraram nervosismo e falta de pontaria.
Só o meia Fabiano, que atuou ontem como um legítimo centroavante, teve duas excelentes chances de marcar, mas falhou.
Na primeira, com a cabeça, a bola saiu muito longe do gol defendido por Marcos.
A outra, no lance seguinte, foi com os pés. E Fabiano fez jus mais uma vez à colocação do Sport no ranking do Datafolha -é o segundo pior de mira do Brasileiro, com apenas 33% de êxito nas conclusões.
Para se ter uma ideia do momento vivido pela equipe local, o companheiro de Fabiano no ataque, Ciro, não faz gols pelo Sport desde o dia 5 de abril.
Por tudo isso, o goleiro Marcos, destaque da classificação palmeirense naquele 12 de maio, quando pegou três pênaltis, mal participou do jogo.
O problema é que o restante do time também não.
Tirando o início do duelo, quando Pierre e Cleiton Xavier levaram perigo à meta de Magrão, nos longos 90 minutos de bola rolando faltou iniciativa aos visitantes.
As palavras de Pierre no intervalo foram emblemáticas: "Não podemos nos expor porque o empate aqui é um bom resultado", disse o volante, que após o jogo revelou ter recebido uma proposta do futebol árabe.
Nitidamente, o Palmeiras não quis se arriscar, mesmo diante dos erros do oponente.
Diego Souza, que vinha sendo decisivo nos confrontos anteriores, se escondeu na marcação feita pelos zagueiros rivais.
O time só abandonou seu estado letárgico porque foi obrigado após a expulsão de Hamilton, aos 18min da etapa final.
Com um jogador a mais, Muricy trocou um volante, Edmilson, por outro, Souza, e abortou o 3-5-2 ao sacar Marcão para testar o atacante Willians.
No primeiro contragolpe que conseguiu armar nessa formação, já aos 25min, saiu o gol.
Obina tentou cruzar para Willians, e, na tentativa de interceptar a bola, o lateral-esquerdo Bruno Teles desviou-a contra as próprias redes.
Totalmente desarrumado em campo, o Sport foi sendo minado pelo rival, que também evitou correr atrás do segundo gol. Um, só, já era suficiente.


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