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Sem fazer força, Palmeiras amplia folga no Brasileiro
Time bate o Sport e abre 6 pontos de diferença sobre o Atlético-MG, que joga hoje
Sport 0
Palmeiras 1
DA REPORTAGEM LOCAL
O empate já era festejado.
Mas já que o Sport resolveu
marcar um gol contra, o Palmeiras deixou a Ilha do Retiro
com a vitória e a liderança do
Brasileiro mais consolidada.
Os seis pontos de diferença
em relação ao Atlético-MG (34
a 28), que hoje recebe o Coritiba no Mineirão, aproximam os
paulistas da conquista simbólica do primeiro turno.
Ao término desta 16ª rodada,
faltarão três para o fim da primeira metade da competição.
Depois de uma partida fraca
tecnicamente, 1 a 0 acabou se
transformando em goleada.
"A equipe fez bem. Trabalhou, valorizou a bola e soube
lidar com a vantagem de estar
com um homem a mais", disse
o meia Diego Souza.
O técnico Muricy Ramalho
não optou nem por Souza nem
por Ortigoza. Para encarar o 3-5-2 do Sport, ele montou o Palmeiras neste mesmo esquema,
com Marcão ao lado de Danilo e
Maurício Ramos na zaga.
A mesma fórmula fora adotada por Vanderlei Luxemburgo,
então técnico do clube, quando
os paulistas eliminaram os pernambucanos da Libertadores,
no dia 12 de maio deste ano.
No entanto, tirando o esquema tático, de resto pouca coisa
no duelo de ontem lembrou o
eletrizante confronto protagonizado pelas equipes na competição sul-americana.
Diante de um estádio impaciente com a atual fase do time
-o Sport só venceu três de 15
jogos disputados depois da
queda na Libertadores-, os anfitriões mostraram nervosismo
e falta de pontaria.
Só o meia Fabiano, que atuou
ontem como um legítimo centroavante, teve duas excelentes
chances de marcar, mas falhou.
Na primeira, com a cabeça, a
bola saiu muito longe do gol defendido por Marcos.
A outra, no lance seguinte, foi
com os pés. E Fabiano fez jus
mais uma vez à colocação do
Sport no ranking do Datafolha
-é o segundo pior de mira do
Brasileiro, com apenas 33% de
êxito nas conclusões.
Para se ter uma ideia do momento vivido pela equipe local,
o companheiro de Fabiano no
ataque, Ciro, não faz gols pelo
Sport desde o dia 5 de abril.
Por tudo isso, o goleiro Marcos, destaque da classificação
palmeirense naquele 12 de
maio, quando pegou três pênaltis, mal participou do jogo.
O problema é que o restante
do time também não.
Tirando o início do duelo,
quando Pierre e Cleiton Xavier
levaram perigo à meta de Magrão, nos longos 90 minutos de
bola rolando faltou iniciativa
aos visitantes.
As palavras de Pierre no intervalo foram emblemáticas:
"Não podemos nos expor porque o empate aqui é um bom
resultado", disse o volante, que
após o jogo revelou ter recebido
uma proposta do futebol árabe.
Nitidamente, o Palmeiras
não quis se arriscar, mesmo
diante dos erros do oponente.
Diego Souza, que vinha sendo decisivo nos confrontos anteriores, se escondeu na marcação feita pelos zagueiros rivais.
O time só abandonou seu estado letárgico porque foi obrigado após a expulsão de Hamilton, aos 18min da etapa final.
Com um jogador a mais, Muricy trocou um volante, Edmilson, por outro, Souza, e abortou
o 3-5-2 ao sacar Marcão para
testar o atacante Willians.
No primeiro contragolpe que
conseguiu armar nessa formação, já aos 25min, saiu o gol.
Obina tentou cruzar para
Willians, e, na tentativa de interceptar a bola, o lateral-esquerdo Bruno Teles desviou-a
contra as próprias redes.
Totalmente desarrumado
em campo, o Sport foi sendo
minado pelo rival, que também
evitou correr atrás do segundo
gol. Um, só, já era suficiente.
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