São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

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Odebrecht admite que dutos atrapalham obra

Executivo da empreiteira diz que novo estudo será realizado em Itaquera

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O superintendente da Odebrecht em São Paulo, Carlos Paschoal, afirmou ontem que será preciso estudar melhor o terreno de Itaquera no qual a empresa vai construir o estádio do Corinthians.
A Folha revelou ontem a existência no local de dutos da Transpetro (subsidiária da Petrobras) que transportam petróleo e derivados.
"Vamos ter que fazer novo estudo para ter mais detalhes sobre os dutos", disse Paschoal. O novo mapeamento não está incluído nos custos de construção da obra (R$ 335 milhões). "Mas não é algo que nos preocupa", falou o executivo da Odebrecht.
Segundo Aníbal Coutinho, arquiteto do estádio, a presença dos dutos foi levada em consideração na concepção do projeto. "Por isso que naquela área projetamos um dos estacionamentos, porque o impacto será menor."
O projeto do estádio foi apresentado ontem de maneira oficial à imprensa. Imagens já haviam vazado no início da semana e, na madrugada de ontem, foram exibidas num telão na festa do centenário do clube, no vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo.
O evento de ontem no Parque São Jorge serviu para dirigentes corintianos ironizarem o São Paulo, que teve seu estádio excluído da Copa-14.
"O Morumbi reivindicava a Copa lá. Nós, não", disse Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians. O presidente Andres Sanchez, que estava presente, mas não participou da entrevista coletiva, ria a cada frase polêmica de Rosenberg.
"O que significa ter o estádio na Copa? Nada, absolutamente nada. Eu não posso usar o nome da empresa que pagou [os "naming rights'], tenho que tirar as placas, meu torcedor não tem preferência nenhuma. A Copa não significa nada." E Andres ria.
Coutinho exibiu qual será a solução caso a arena seja confirmada como palco da abertura da Copa: instalação de lances provisórios de arquibancadas atrás dos gols e na parte oposta às cabines de TV. Rosenberg reforçou que, se houver a necessidade de mais gastos, "o Corinthians não vai botar um centavo".


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