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Odebrecht admite que dutos atrapalham obra
Executivo da empreiteira diz que novo estudo será realizado em Itaquera
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
O superintendente da Odebrecht em São Paulo, Carlos
Paschoal, afirmou ontem
que será preciso estudar melhor o terreno de Itaquera no
qual a empresa vai construir
o estádio do Corinthians.
A Folha revelou ontem a
existência no local de dutos
da Transpetro (subsidiária
da Petrobras) que transportam petróleo e derivados.
"Vamos ter que fazer novo
estudo para ter mais detalhes
sobre os dutos", disse Paschoal. O novo mapeamento
não está incluído nos custos
de construção da obra (R$
335 milhões). "Mas não é algo
que nos preocupa", falou o
executivo da Odebrecht.
Segundo Aníbal Coutinho,
arquiteto do estádio, a presença dos dutos foi levada
em consideração na concepção do projeto. "Por isso que
naquela área projetamos um
dos estacionamentos, porque o impacto será menor."
O projeto do estádio foi
apresentado ontem de maneira oficial à imprensa. Imagens já haviam vazado no
início da semana e, na madrugada de ontem, foram
exibidas num telão na festa
do centenário do clube, no
vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo.
O evento de ontem no Parque São Jorge serviu para dirigentes corintianos ironizarem o São Paulo, que teve seu
estádio excluído da Copa-14.
"O Morumbi reivindicava
a Copa lá. Nós, não", disse
Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians. O presidente Andres
Sanchez, que estava presente, mas não participou da entrevista coletiva, ria a cada
frase polêmica de Rosenberg.
"O que significa ter o estádio na Copa? Nada, absolutamente nada. Eu não posso
usar o nome da empresa que
pagou [os "naming rights'],
tenho que tirar as placas,
meu torcedor não tem preferência nenhuma. A Copa não
significa nada." E Andres ria.
Coutinho exibiu qual será
a solução caso a arena seja
confirmada como palco da
abertura da Copa: instalação
de lances provisórios de arquibancadas atrás dos gols e
na parte oposta às cabines de
TV. Rosenberg reforçou que,
se houver a necessidade de
mais gastos, "o Corinthians
não vai botar um centavo".
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