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superado?
A dois GPs do fim, Schumacher vence e lidera Mundial
Em GP adverso, alemão transpõe obstáculos, atropela seus
adversários e passa à frente de Alonso por ter mais vitórias
Pneus e mudanças no clima tiram espanhol do páreo na etapa de Xangai e põem
heptacampeão na ponta da categoria após dois anos
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI
Era para tudo dar errado. O
clima era desfavorável, o escudeiro estava fora de combate, o
motor preocupava, o arqui-rival largava na frente e, ainda,
protegido pelo companheiro.
Mas deu tudo certo. O clima
mudou na hora certa, o escudeiro não fez falta, o motor
agüentou, o arqui-rival teve
problemas de pneus e seu parceiro, como sempre, fracassou.
Assim, contra tudo e contra
todos, vencendo um a um cada
obstáculo, Michael Schumacher ganhou na madrugada de
ontem o GP da China, seguido
por Fernando Alonso, resultado que os deixou com pontuação idêntica na dianteira do
Mundial de Pilotos: 116 pontos.
O heptacampeão, porém, leva vantagem no desempate. Soma sete vitórias na temporada,
uma a mais do que o espanhol.
Não bastassem as armadilhas
vencidas na pista, a vitória de
Schumacher ontem encerrou
um jejum e enterrou um tabu.
Há dois anos, desde outubro de
2004, o alemão não liderava o
Mundial. Ele também nunca
havia vencido na China.
Schumacher conquistou,
ainda, a chance de encerrar a
disputa no próximo domingo,
no Japão. O ferrarista alcançará o oitavo título se vencer em
Suzuka e Alonso não pontuar. A
chance, porém, é reduzida: neste ano, em 16 GPs, a combinação só aconteceu na Itália.
Qualquer outro resultado levará a decisão do campeonato
para sua última prova, o GP do
Brasil, em Interlagos, dia 22.
"Está difícil fazer previsões
neste Mundial, como vimos
[ontem]. Parece que as próximas semanas serão bem interessantes", disse Schumacher,
que vibrou como um iniciante.
Ostentava um sorriso escancarado, fácil, confiante. De alguém que está a dois GPs de
mais um título mundial, não a
dois GPs da aposentadoria.
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