DA SUCURSAL DO RIO

Idealizada pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, diretor de planejamento do Palmeiras, a "Cesta de Atletas" foi tolhida pela CVM , em julho, um mês depois de lançada. Por determinação do órgão federal, a colocação de cotas foi suspensa e só poderá ser reiniciada após registro na comissão.
Gilberto Cipullo, vice-presidente do Palmeiras, diz que recebeu intimação da CVM para que não sejam ofertadas novas cotas e disse que a ordem foi acatada. ""O que foi colocado, foi colado. Vamos voltar à CVM, mas o assunto está sob controle." O clube captou R$ 2,3 milhões com a iniciativa.
Os responsáveis pelo projeto discordam da interpretação da CVM de que a ""Cesta de Atletas" seja captação pública de poupança popular.
""O lançamento foi feito na casa de um sócio do Palmeiras, e só conhecidos foram convidados. Chamamos pessoalmente um por um", diz Belluzzo.
Para lançar o clube de investimento, foi criada a Palestra Investimentos. O Palmeiras transferiu à empresa parte de seus direitos sobre 16 jogadores que compunham a cesta. Os investidores compraram cotas da Palestra Investimentos. O clube esperava captar R$ 9,5 milhões com a venda das cotas.
Segundo Cipullo, as cotas se mostraram um bom investimento até agora. Os cotistas receberam uma participação da venda do jogador Maicon. A Palestra Investimentos existirá até que o todos atletas integrantes da cesta tenham contratos encerrados.
A situação do Guarani é diferente. Segundo o vice-presidente administrativo do clube, José Carlos Sícolo, foram firmados contratos de mútuo (empréstimos) com cerca de 110 torcedores, cada um no valor de R$ 2.000, para pagamento em 12 parcelas.
O clube se comprometeu a reembolsá-los em 2010, com valores corrigidos. Uma cláusula prevê a possibilidade de transformação dos contratos em aplicação lastreada na venda de jogadores.
Segundo Sícolo, a CVM fez uma auditoria no clube e não viu problemas. Ele disse que não sabia que, depois, a CVM alertou ao mercado sobre o potencial de risco dos contratos do Guarani.


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