Tricampeão largou em 1º em Interlagos em 1990, 1991 e 1994, ano de sua morte

"É fantástico", diz ferrarista; nos 25 GPs Brasil no circuito paulistano, nove vezes quem largou na pole venceu

DA REPORTAGEM LOCAL

A cena é rara. Kimi Raikkonen pega um pratinho de plástico e entra na fila do "bandejão" da Ferrari. No outro canto da sala, a família de Felipe Massa almoça com amigos. Na mesa ao lado, fotógrafos e jornalistas comem animados.
Antiga reivindicação das equipes, o paddock de Interlagos foi reformado neste ano. Ficou mais amplo, os times ganharam escritórios mais espaçosos e as áreas reservadas aos VIPs agora são permanentes.
Tipo de coisa que passa longe do grande público e da TV, mas que melhora bastante o humor de quem trabalha em Interlagos -e, claro, o tom das críticas, pesadas no caso do circuito paulistano até há alguns anos.
O clima "aconchegante" permanece, bastante diferente dos paddocks europeus, onde motorhomes fazem as vezes de escritórios e abrigo e separam pilotos e equipes dos demais freqüentadores do ambiente.
Em outros países, por exemplo, é difícil que os pilotos dividam instalações como banheiros com convidados, jornalistas e voluntários do autódromo, cena freqüente em Interlagos.
Mordomias para chegar e sair do estacionamento também não existem em São Paulo. Os pilotos são obrigados a subir quatro lances de escada. E geralmente fazem o percurso sozinhos, sem a companhia de seguranças -no máximo seus assessores ou preparadores.
Apesar das dificuldades, o GP Brasil sempre acaba sendo visto com simpatia por membros das escuderias, ainda mais depois que passou a encerrar o calendário e se tornar ponto de partida para folgas e férias.
A temporada extra de sol e caipirinha em território brasileiro, porém, acaba neste ano. Pelo calendário divulgado pela FIA para 2009, o campeonato será encerrado em Abu Dhabi.
"Tenho ótimas recordações daqui. Adoro vir ao Brasil. Sempre que chego, já no aeroporto passa pela minha cabeça o filme dos dois títulos que conquistei aqui", declara Fernando Alonso, bi em 2005 e 2006.
Nelsinho Piquet, que nunca havia pilotado um monoposto no circuito e ainda não se acostumou à pista, festeja o clima local. "É bom ver amigos da época do kart", comenta.
Outra antiga reclamação da F-1, o asfalto do circuito paulistano, refeito em 2007, também deixou de ser motivo de bronca geral depois dos treinos de sexta, como já era quase tradição.
Felipe Massa elogia a pista. "Precisamos de um pouco de briga para conseguir fazer direito, mas isso mostra que sabemos fazer as coisas do jeito certo", declara o vice-líder do Mundial, que corre pelo sexto ano em Interlagos.
Sébastien Bourdais, da Toro Rosso, que pilotou em São Paulo pela última vez em 2002, de F-3000, também elogiou o recapeamento. "De fato a pista está menos ondulada agora, mas ainda me parece um pouco escorregadia, especialmente quando está molhada", disse. A previsão para a prova é justamente chuva.0 (FSX, FI, ML, PC E TC)


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