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Interlagos vê duelo de "meninos" pelo título
Massa, 27, e Hamilton, 23, carregam famílias a tiracolo para dar suporte
Média de idade dos pilotos no GP Brasil cai 3,2 anos, mas experiência aumenta de 39 corridas, em 1973, para
100, em média, neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL
No cockpit, cada vez mais experientes. Caminhando pelo
paddock, cada vez mais jovens.
A cada nova temporada, meninos recém-saídos da adolescência vão aos poucos se transformando na nova cara da F-1.
No ano em que a categoria
conheceu seu mais jovem pole
e vencedor (o alemão Sebastian
Vettel, 21), pode encerrá-lo
com o campeão mais novo de
seus 58 anos de história.
Desde que o GP Brasil começou a ser disputado, em 1973, a
média de idade dos pilotos caiu
3,2 anos. Por outro lado, a média de corridas aumentou de
39, em 73, para cem neste ano.
Não por coincidência, Felipe
Massa, 27, e Lewis Hamilton,
23, travam hoje em Interlagos
um duelo de "meninos" pelo
Mundial. O brasileiro é mais
experiente, com 104 corridas
no currículo. Mas, pela primeira vez, disputa de fato o título.
Já Hamilton, em seu segundo ano na F-1, soma 34 GPs. Pela segunda vez, luta pela taça.
Os dois, mesmo carregando a
responsabilidade de correrem
pelas duas mais tradicionais
equipes da categoria, não dispensam o apoio da família.
Ter a companhia do pai não é
novidade para a maioria dos pilotos. Mas, no caso da dupla que
luta pelo campeonato hoje, só a
presença paterna não basta.
Desde sua estréia na F-1, em
2007, Hamilton faz questão de
levar a tiracolo não só Anthony
como Linda, sua madrasta, e
Nicholas, seu irmão mais novo,
a todas as corridas que pode. Na
China, há duas semanas, foi
acompanhado também pela
mãe, Carmem, com quem não
vive desde que fez dez anos.
"Sempre tenho pelo menos
parte de minha família comigo.
Sei que posso contar com o
apoio deles, e isso é muito importante", afirmou o piloto da
McLaren, que em Interlagos
tem também a companhia da
namorada, Nicole Scherzinger,
da banda Pussycat Dolls.
"Meu pai é a razão principal
de eu estar aqui hoje. Além disso, ele me dá conselhos e ajuda
a me manter calmo", disse Hamilton, que exibia uma enorme
espinha na bochecha direita.
Mesmo mais velho e casado
desde o ano passado, Massa
também procura manter Luis
Antonio e Ana sempre perto. O
irmão, Eduardo, acompanha as
corridas quando pode. Mas,
mesmo de casa, faz questão de
"monitorar" o irmão pela TV e
pelo celular em tempo integral.
"Sempre tive minha família
por perto, desde que corria de
kart. Antes era até mais difícil,
porque a gente não tinha dinheiro suficiente para ir a todas
as corridas", declarou Massa.
Para os pilotos, a F-1 estar cada vez mais nova é algo natural.
"Isso acontece em todos os
esportes e é legal porque quem
está chegando tem atraído tanta atenção quanto os grandes
da história", disse o ferrarista.
Rubens Barrichello, segundo
mais velho do grid, com 36
anos, e que pode perder sua vaga para um "adolescente", alfineta. "Hoje eles têm mais chances, mas experiência é importante porque tem muito botão
no volante."0
(FSX, FI, ML, PC E TC)
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