São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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Interlagos vê duelo de "meninos" pelo título

Massa, 27, e Hamilton, 23, carregam famílias a tiracolo para dar suporte

Média de idade dos pilotos no GP Brasil cai 3,2 anos, mas experiência aumenta de 39 corridas, em 1973, para 100, em média, neste ano

DA REPORTAGEM LOCAL

No cockpit, cada vez mais experientes. Caminhando pelo paddock, cada vez mais jovens.
A cada nova temporada, meninos recém-saídos da adolescência vão aos poucos se transformando na nova cara da F-1.
No ano em que a categoria conheceu seu mais jovem pole e vencedor (o alemão Sebastian Vettel, 21), pode encerrá-lo com o campeão mais novo de seus 58 anos de história.
Desde que o GP Brasil começou a ser disputado, em 1973, a média de idade dos pilotos caiu 3,2 anos. Por outro lado, a média de corridas aumentou de 39, em 73, para cem neste ano.
Não por coincidência, Felipe Massa, 27, e Lewis Hamilton, 23, travam hoje em Interlagos um duelo de "meninos" pelo Mundial. O brasileiro é mais experiente, com 104 corridas no currículo. Mas, pela primeira vez, disputa de fato o título.
Já Hamilton, em seu segundo ano na F-1, soma 34 GPs. Pela segunda vez, luta pela taça.
Os dois, mesmo carregando a responsabilidade de correrem pelas duas mais tradicionais equipes da categoria, não dispensam o apoio da família.
Ter a companhia do pai não é novidade para a maioria dos pilotos. Mas, no caso da dupla que luta pelo campeonato hoje, só a presença paterna não basta.
Desde sua estréia na F-1, em 2007, Hamilton faz questão de levar a tiracolo não só Anthony como Linda, sua madrasta, e Nicholas, seu irmão mais novo, a todas as corridas que pode. Na China, há duas semanas, foi acompanhado também pela mãe, Carmem, com quem não vive desde que fez dez anos.
"Sempre tenho pelo menos parte de minha família comigo. Sei que posso contar com o apoio deles, e isso é muito importante", afirmou o piloto da McLaren, que em Interlagos tem também a companhia da namorada, Nicole Scherzinger, da banda Pussycat Dolls.
"Meu pai é a razão principal de eu estar aqui hoje. Além disso, ele me dá conselhos e ajuda a me manter calmo", disse Hamilton, que exibia uma enorme espinha na bochecha direita.
Mesmo mais velho e casado desde o ano passado, Massa também procura manter Luis Antonio e Ana sempre perto. O irmão, Eduardo, acompanha as corridas quando pode. Mas, mesmo de casa, faz questão de "monitorar" o irmão pela TV e pelo celular em tempo integral.
"Sempre tive minha família por perto, desde que corria de kart. Antes era até mais difícil, porque a gente não tinha dinheiro suficiente para ir a todas as corridas", declarou Massa.
Para os pilotos, a F-1 estar cada vez mais nova é algo natural.
"Isso acontece em todos os esportes e é legal porque quem está chegando tem atraído tanta atenção quanto os grandes da história", disse o ferrarista.
Rubens Barrichello, segundo mais velho do grid, com 36 anos, e que pode perder sua vaga para um "adolescente", alfineta. "Hoje eles têm mais chances, mas experiência é importante porque tem muito botão no volante."0 (FSX, FI, ML, PC E TC)


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