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Palmeiras absorve tensão do clássico
Time joga pressionado para seguir na luta pela taça, enquanto Santos, após medo da queda, só pensa na Sul-Americana
Partida de hoje abre trinca mais difícil da reta final do Nacional para palmeirenses, que enfrentarão gremistas e flamenguistas na seqüência
RENAN CACIOLI
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
Normalmente, a tensão de
um clássico é repartida igualitariamente entre os rivais. No
que será disputado a partir das
17h de hoje, na Vila Belmiro, ela
estará toda depositada nos jogadores do Palmeiras.
Não que o lado do Santos, anfitrião do confronto, minimize
a importância da vitória. A diferença está no que um triunfo
irá representar para cada um.
Se para o time de Vanderlei
Luxemburgo o duelo de hoje
abrirá a trinca mais difícil da
reta final do Brasileiro, para o
de Márcio Fernandes, passado
o medo do descenso, ele servirá
como um bônus pela recuperação mostrada no returno.
O Santos entrou na 33ª rodada ostentando a quarta melhor
campanha da segunda parte do
campeonato, com 23 pontos
somados em 13 partidas. Nas 19
que o time fez pelo primeiro
turno, havia conquistado 17.
"Não estaremos mais tranqüilos porque ainda lutamos
por uma vaga na Sul-Americana", afirmou o meia colombiano Molina, dando o tom da meta atual da equipe: se estabelecer exatamente onde está.
Se o Nacional terminasse hoje, o Santos, 12º colocado, garantiria vaga na segunda competição mais importante do
continente em 2009.
Situação bem diferente da
enfrentada no primeiro turno.
Àquela altura, na 14ª rodada, os
santistas, sob o comando de
Cuca, ocupavam a penúltima
colocação. Talvez por isso o discurso do grupo ainda traga resquícios de um susto quase superado: o de ser rebaixado.
"O objetivo ainda não foi alcançado. Ainda não estamos
matematicamente livres da zona do rebaixamento", declarou
Márcio Fernandes
Já o "medo" do Palmeiras,
que abriu a rodada na quarta
colocação, com 58 pontos, é
deixar os concorrentes diretos
pela taça se distanciarem em
caso de um revés na Vila.
Por outro lado, ganhar hoje
será o combustível ideal para o
clube encarar os próximos dois
desafios -primeiro o Grêmio,
no Parque Antarctica; depois o
Flamengo, no Maracanã.
"São jogos que a gente pode
vencer para chegar junto dos rivais que estão na nossa frente",
disse o atacante Alex Mineiro.
"Depende muito do que vai
acontecer. Mas o Palmeiras não
tem que entrar em campo pensando na rodada, mas sim em
fazer um grande jogo e procurar os três pontos. Precisamos
correr atrás do prejuízo e somente vencendo fora é que vamos conseguir equilibrar a tabela", comentou Luxemburgo.
No meio da próxima semana,
o time terá o jogo de volta diante do Argentinos Juniors, pelas
quartas-de-final da Copa Sul-Americana, na Argentina.
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