Com um jogador a menos, equipe alviverde empata com Corinthians com dois gols de cabeça, marca do tri São Paulo

Há 17 rodadas na ponta do Brasileiro, time iguala o número de pontos dos rivais são-paulinos, 58, mas ainda os supera no saldo de gols

Ricardo Nogueira/Folha Imagem

O palmeirense Bruno vê a bola entrar em cobrança de pênalti de Ronaldo

PAULO GALDIERI
RENAN CACIOLI
ENVIADOS ESPECIAIS A PRESIDENTE PRUDENTE

O Palmeiras contratou o tricampeão Muricy Ramalho para voltar a erguer o título do Campeonato Brasileiro. Ontem, depois de 19 partidas com o comandante, o time encampou a filosofia do técnico e foi, como talvez ainda não havia sido, o "Palmeiras de Muricy".
Foi com dois gols de cabeça, em dois cruzamento em cobranças de falta -jogada característica do "São Paulo de Muricy", tri brasileiro- que o clube foi buscar duas vezes o empate no clássico contra o Corinthians e segurar a liderança do Nacional, que conserva sob há 17 rodadas na competição.
Resultado obtido com um jogador a menos desde a expulsão de Marcos, na primeiro etapa, no lance do pênalti que abriu o placar de 2 a 2 em Presidente Prudente. Que fez Muricy bradar que "esse time está jogando com pegada de campeão".
"Os caras foram muito valentes. Não deixaram de lutar", elogiou o técnico palmeirense. "Mereceram até ganhar."
O empate também levou a torcida palmeirense, maioria entre os pouco mais de 18 mil torcedores no estádio Prudentão -público considerado baixo para o jogo no interior-, celebrar na mesma medida.
Mas, se a liderança ainda pertence ao time do Parque Antarctica, agora com 58 pontos, a vantagem que lhe confere o primeiro lugar reside apenas no saldo de gols.
Com os mesmos 58 pontos, o São Paulo é o segundo colocado graças ao saldo de gols favorável ao time de Muricy, 15 a 12.
Flamengo e Atlético-MG também venceram seus compromissos na rodada e completam a lista de perseguidores do time alviverde na ponta da tabela do Brasileiro.
O lado prático do resultado no clássico mais tradicional do Estado e suas consequências para a disputa do título do Brasileiro, que agora está a cinco rodadas de conhecer seu campeão, ofuscou até mesmo quem costuma ter luz própria.
O empate nos minutos finais conseguido pelo Palmeiras, com o primeiro gol do zagueiro Maurício como profissional, sombreou até Ronaldo.
Mais uma vez em Prudente, local onde marcou seu primeiro gol pelo Corinthians e também onde sofreu a mais grave contusão na temporada, o camisa 9 deixou sua marca. Ou melhor, marcas. Foram dele os dois tentos corintianos.
Mesmo assim, só restou ao Fenômeno lamentar a vitória que escapou das mãos corintianas -e que teria interrompido uma sequência sem derrotar o maior rival, que agora soma seis partidas invicto no Dérbi.
"Fomos claramente superiores a eles", disse Ronaldo.
Ao Corinthians, que ainda almejava a "última alegria" no ano se vencesse o clássico, ficou a tarefa de esperar o campeonato acabar para que possa, enfim, se dedicar somente à preparação para tentar a conquista inédita da Libertadores no ano de seu centenário.
Ao Palmeiras, o resto da temporada ainda reserva emoções. Que, espera o torcedor e a diretoria, desemboquem no pentacampeonato nacional.


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