São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2002

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Todo...
Depois de perder o Flamengo, o C13 está prestes a ver o maior clube de São Paulo debandar. Na CBF, o apoio de Alberto Dualib, presidente do Corinthians, que já rompeu com três clubes, é tido como certo na disputa entre a entidade e a liga.

... poderoso Timão
O clube, por enquanto, faz papel diplomático e frequenta as duas rodas do poder. Mas Liga e CBF concordam: o Corinthians será o fiel da balança.

Bolo...
Por conta da reunião do C13 em Curitiba (PR), o time de maior torcida do Estado ficou sem um representante de peso na abertura da exposição sobre Pelé. Alberto Dualib, que não compareceu, foi assunto dos dirigentes presentes por não ter explicado a sua ausência.

... dobrado
Nem o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, que mora atrás do Masp, deu as caras na festa. Em ocasiões anteriores, o dirigente provocou os santistas: "Os santistas vangloriam o Pelé pelos gols que fez contra o Corinthians, mas isso foi há tanto tempo que não me lembro".

Zíper
Antes de deixar Assunção (PAR), o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que participaria da homenagem a Pelé, mas não comentaria a situação do futebol brasileiro, muito menos, a do presidente Ricardo Teixeira. Dito e feito.

Passando...
Eduardo José Farah afirma que não irá se recandidatar ao cargo de presidente da FPF. Diz que em agosto próximo espera anunciar seu sucessor e apresentar os calendários da federação e da Liga Rio-SP para 2003.

... o bastão
Durante a semana, Farah tratou de tirar das ligas o peso de salvadoras do futebol brasileiro. Disse que cabe às federações estaduais o papel de fomentar a prática do esporte no país, além de moralizá-lo.

Dois pesos
O senador Álvaro Dias (PDT-PR) foi um dos homenageados por Pelé anteontem à noite no Masp. Dias foi o único parlamentar das CPIs do Congresso que investigaram o futebol a comparecer. Os deputados Sílvio Torres (PSDB-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP), que devassaram as empresas do "rei", não apareceram no Masp.

Cinco minutos
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse a assessores em Brasília que, se o ministro Carlos Melles (Esporte) apresentar sua carta de renúncia, ele deixa o cargo cinco minutos depois.

Martelo
Teixeira viajaria ontem para Arábia Saudita, onde acompanhará o amistoso da seleção brasileira na próxima quarta. O presidente da CBF continua irredutível em sua posição de não dar declarações sobre a campanha do ministro do Esporte, Carlos Melles, pela sua renúncia.

Pela tangente
Anteontem à noite, na abertura da exposição sobre Pelé no Masp, Melles fugiu da imprensa. Em seu discurso evitou comentar a situação atual do futebol brasileiro. Disse apenas que tenta levar adiante as propostas do ex-ministro Pelé.

Eles decidem
A TV Globo fez a seguinte pergunta a mais de 70 técnicos brasileiros -inclusive todos da primeira divisão do campeonato nacional: você convocaria o Romário? Wanderley Luxemburgo, é claro, foi ouvido. Se limitou a dar risinhos. Já Parreira disse que convocaria. As respostas vão ao ar hoje no "Fantástico".

Tesouro
Os novatos da seleção ignoraram pedidos de torcedores e dos adversários bolivianos e guardaram as camisas com que estrearam na última quinta. Gilberto Silva explicou o motivo: "A camisa de seu jogo de estréia na seleção, e ainda mais você marcando dois gols, é uma relíquia que você tem que guardar para mostrar aos netos".

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do presidente da Liga Rio-SP e da FPF, Eduardo José Farah, sobre Ricardo Teixeira, presidente da CBF:
- Se eu fosse ele, neste momento, eu não renunciaria ao cargo, porque ele perderia muita força. Embora eu gostaria de vê-lo fora de lá.

CONTRA-ATAQUE

Macheza em xeque

O gaúcho vende a imagem de ser macho. Tanto é que o anedotário popular reúne frases como ""gaúcho não toma mel, masca abelha" e outras do gênero.
Bom seguidor dessa filosofia, o treinador da seleção brasileira, Luis Felipe Scolari, não perde a oportunidade de cultivar a fama de durão em suas atitudes.
No passado, Scolari já apareceu diante das câmeras com marcas de briga. Também ficou revoltado ao ser assediado pelo beijoqueiro, personagem folclórico do futebol, e brigou com jornalistas e torcedores.
Anteontem, em apresentação do novo uniforme da seleção, no Rio, durante uma entrevista coletiva improvisada, Scolari deu nova mostra de macheza.
Enquanto falava, Scolari assustou o público que o ouvia ao sofrer pequenos sobressaltos quando sentiu, por duas vezes, cutucões por trás provocados por malas de jornalistas.
A solução encontrada pelo treinador gaúcho foi, durante o resto da entrevista, ficar com as mãos protegendo as nádegas, evitando assim que algo de pior arranhasse sua imagem.


Próximo Texto: Boca no trombone
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.