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violência
Briga e morte em jogo suspendem rodada do Italiano
Bomba em clássico da Sicília mata policial, fere mais de cem e força paralisação até de torneios juvenis na Itália
Confronto entre polícia e torcida do Catania ocorre dentro e fora do estádio e mancha reputação do país que triunfou na última Copa
DA REPORTAGEM LOCAL
O clássico da Sicília entre Palermo e Catania realizado ontem na Itália resultou na morte
de um policial e em vários torcedores feridos, o que levou ao
cancelamento da rodada do final de semana do Italiano e até
de campeonatos juvenis.
Torcedores do Catania entraram em choque com a polícia, e um soldado de 38 anos
morreu no conflito após uma
explosão em seu rosto. Ao saber
da notícia, Luca Pancalli, diretor da federação italiana, suspendeu as partidas no país.
O Palermo venceu o clássico
por 2 a 1 com um gol polêmico,
em que Di Michele usou a mão,
a sete minutos do final. O Catania era o mandante. A confusão
começou quando torcedores do
Palermo chegaram ao estádio e
foram recebidos por ""ultras"
(torcedores violentos) do rival.
Até após a partida seguiram
os confrontos entre torcedores
do Catania e policiais. Um outro soldado, segundo alguns relatos, também teria morrido.
A partida entre Catania e Palermo foi precedida por um minuto de silêncio em memória
de Ermanno Licursi, dirigente
do Sanmartinese que morreu
no último sábado tentando
controlar um confronto entre
jogadores e torcedores.
Originalmente, o clássico siciliano seria disputado amanhã, mas foi adiantado para ontem por questões de segurança.
No duelo entre as duas equipes
no primeiro turno, já haviam
sido registrados incidentes.
""Disseram-me que um policial está morto e, por isso, penso que é totalmente inútil falar
de futebol agora. Espero que isso termine um dia. Sinto que
quero sair do mundo do futebol. Amo o futebol, mas isso é
absurdo", afirmou Pietro Lo
Monaco, diretor do Catania.
Pelo menos cem pessoas teriam ficado feridas nos conflitos de ontem, que registrou até
batalha campal. O jogo, que teve que ser suspendido por alguns minutos, aconteceu um
dia antes da tradicional festa de
Santa Ágata, a padroeira local.
Enfrentamentos de torcedores se estenderam para fora do
estádio ""Massimino" de Catania. Muito tempo depois do jogo, a polícia ainda mantinha
torcedores do Palermo no estádio por questões de segurança.
Filippo Raciti, o policial morto, foi atingido por uma carta-bomba quando estava em um
veículo. Ele ainda foi levado a
um hospital, mas não resistiu.
""Isso não é esporte. Não podemos mais com essa situação.
Basta", disse Pancalli. O primeiro-ministro do país, Romano Prodi, condenou o ocorrido.
Com agências internacionais
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