São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Meninos da Vila miram vaga perdida

SUB-20
Como no fracasso para Atenas-2004, Santos é base da seleção brasileira que almeja Londres-2012


DE SÃO PAULO

Uma geração de talentosos jogadores santistas busca levar a seleção à Olimpíada.
A descrição serve tanto para o atual time brasileiro sub- -20, que enfrenta hoje a Colômbia, como para a equipe pré-olímpica de 2004.
Aquela formação -que tinha os meninos da Vila Diego e Robinho como protagonistas- fracassou ao perder a vaga para Atenas-2004.
A nova fornada de garotos santistas tem a chance de redimir os antecessores neste Sul-Americano, que dá dois postos para Londres-2012.
São três titulares da equipe que saíram do Santos: os laterais Danilo e Alex Sandro, além de Neymar. Na reserva, Alan Patrick. O São Paulo tem cinco atletas no Sul- -Americano -no momento, quatro deles são titulares.
Só que, mais uma vez, o peso da classificação está sob os pés de um santista, no caso, Neymar. O atacante fez 50% dos 14 gols da equipe.
No Pré-Olímpico de 2004, a influência santista era ainda maior. Cinco dos 11 titulares atuavam na Vila Belmiro -além de Diego e Robinho, o zagueiro Alex, o volante Paulo Almeida e o meia Elano.
Como aquele time era sub- -23, os atletas eram mais experientes. Formaram a base que faturou o Brasileiro-02.
Com status de estrelas, Diego e Robinho faziam brincadeiras o tempo inteiro na concentração. Após a eliminação, o técnico da seleção principal, Carlos Alberto Parreira, e a cúpula da CBF criticaram os jogadores. Antes do resultado, nada tinham dito.
Assim como seus antecessores, Neymar também se mostra irreverente, com danças e brincadeiras na TV.
As semelhanças param aí. A campanha do atual time é bem superior à daquele.
Aquele Brasil fechou a primeira fase em segundo lugar, com dois empates em quatro jogos. Ao fim do torneio no Chile, quando foi eliminado pelo Paraguai, tinha três vitórias e duas derrotas em sete jogos. A média de gols foi de 1,71 tento por confronto.
Sete anos depois, a atual equipe classificou-se em primeiro no seu grupo. E, até agora, soma quatro vitórias em cinco jogos. Sua média de gols é de 2,8 por partida.
Se mantiver o ritmo, Neymar será visto só como irreverente, sem condenações.


Texto Anterior: Artilheiro e goleiro estão fora no sábado
Próximo Texto: Na equipe atual, até o treinador faz brincadeiras
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.