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choro de alegria
Só Valdivia tira clássico do marasmo
Em partida de poucas chances, chileno faz o único gol da vitória palmeirense e provoca corintianos na comemoração
Raimundo Pacco/Folha Imagem
| Valdivia, do Palmeiras, pede espaço a Diego Souza para comemorar seu gol, o único do clássico com o Corinthians no Morumbi,... |
Corinthians 0
Palmeiras 1
EDUARDO ARRUDA
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida fez sua parte. Mais
de 48 mil, recorde de público
neste Paulista e do confronto
Corinthians x Palmeiras no século, foram ao Morumbi. Menos da metade, a parte alviverde deixou o estádio satisfeita.
Para o restante, ficou a imagem
de Valdivia celebrando o gol solitário da tarde fingindo chorar.
"É ruim falar antes do jogo.
Falaram que o Valdivia era chorão. Que deveria deixar de chorar. Agora estou chorando. De
alegria", disse o chileno, respondendo às críticas do corintiano William antes do jogo.
No meio da semana passada,
Souza, do Flamengo, também
"chorou" na comemoração de
um gol -recado à torcida do
Botafogo, derrotado dias antes
na final da Taça Guanabara.
Ontem, o time de Vanderlei
Luxemburgo deu seqüência a
um tabu que vem desde o ano
passado, quando a equipe alviverde venceu os três confrontos ante os corintianos. Agora,
caso os rivais não se enfrentem
nos mata-mata do Paulista ou
da Copa do Brasil, só em 2009
os alvinegros, rebaixados à Série B do Brasileiro, poderão
tentar dar um fim a essa escrita.
O clássico, que demorou a pegar fogo, recolocou o Palmeiras
na disputa no Estadual, com 19
pontos. Já o Corinthians, com
um ponto a mais, não conseguiu regressar ao grupo que se
classifica às semifinais. Sem vazar o arqui-rival desde 2006,
perdeu ainda uma invencibilidade que já durava dez jogos.
"Não dava pra esperar um
placar elástico. Para nós, a vitória era muito importante. Era
preferível perder do que empatar", afirmou o goleiro Marcos.
De fato, o que as equipes
mostraram no primeiro tempo
deixou claro que o resultado do
jogo não seria muito diferente.
"No futebol moderno de hoje, primeiro tem que marcar." A
frase do volante Pierre, do Palmeiras, ao término da primeira
etapa sintetizou que a marcação era a tônica do jogo.
Não que as faltas predominassem -o Datafolha contou
só 14, do Palmeiras, e 16, do Corinthians, na etapa inicial. A
posse de bola -ou falta dela-,
porém, foi decisiva para que a
torcida acompanhasse só um
chute no alvo em todo o primeiro tempo. O time alvinegro errou 31 passes e perdeu 21 bolas.
O alviverde rifou 22 toques e
viu 26 bolas saírem do controle.
O lance mais emocionante
foi uma cabeçada do meia Diego Souza. Julio César salvou.
O arqueiro substituiu o lesionado Felipe na última hora. Foi
mais um dos desfalques do técnico Mano Menezes, que já não
contava com Acosta, Dentinho
e Fabinho. Depois, Bruno Octávio, com entorse no joelho direito, deu vaga a Bóvio.
A surpresa corintiana foi a
estréia de Diogo Rincón. E que,
por pouco, não teve o nome
xingado pela torcida corintiana
em seu debute. No lance seguinte à defesa de Julio César, o
meia disputou bola com Valdivia dentro da grande área e tocou o chileno. Rodrigo Braghetto mandou a jogada seguir.
O segundo tempo arrastou-se da mesma forma até Diogo
Rincón, aos 14min, ter um gol
anulado. Estava impedido.
O sinal de alerta fez Luxemburgo abrir mais a sua equipe.
Sacou o volante Wendel e pôs o
atacante Kléber. Depois, trocou Alex Mineiro por Denílson.
Nitidamente mais insinuante, o Palmeiras tirou o marasmo do clássico aos 30min. Kléber recebeu e chutou cruzado.
Julio César deu rebote, e Valdivia, na disputa com Carlão, encheu o pé para definir o placar.
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