São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011

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Na mesma

Sem Adilson e com Neymar, "DNA santista" só empata na Vila contra o Cerro Porteño na Libertadores

Santos 1
Elano, aos 9min do 2º tempo

Cerro Porteño 1
Nanni, aos 46min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Demitir o técnico Adilson Batista não serviu para fazer o time do Santos jogar mais.
Se a ideia da diretoria era dar um choque no elenco e fazer os jogadores reagirem a um novo comando, faltou combinar com os atletas.
O clube da Vila Belmiro empatou com o Cerro Porteño em casa por 1 a 1. A segunda igualdade santista na Libertadores deixa a equipe na terceira posição do grupo.
É a quarta partida sem vitória do time. O novo resultado negativo, que mantém a equipe sem vencer na competição que é a prioridade na temporada, deve apressar a busca por novo treinador.
Ontem, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro reafirmou a preferência por Ney Franco, atual chefe das categorias de base da seleção. Mas citou também Marcelo Bielsa, desempregado desde que deixou a seleção do Chile, no final de 2010.
O argentino é sonho antigo da diretoria, que especulou sua contratação no ano passado. "É um dos nomes, sim.
Ele tem uma característica diferenciada de temperamento, mas nada que não se possa conversar, acertar e ser climatizado no Santos."
O auxiliar Marcelo Martelotte, que assumiu o comando interinamente, até fez as alterações desejadas pela cartolagem, que não concordava com a forma conservadora com que Adilson escalava a equipe santista.
Neymar deixou o centro e voltou a atacar pelas pontas.
Também ganhou um companheiro a mais na frente, com a presença de Diogo na vaga de um do três volantes que o antigo treinador preferia.
Danilo -no lugar de Arouca, lesionado- completou o esquema mais ofensivo, mais próximo ao "DNA santista", como Luis Alvaro diz.
Com ou sem palpites, o Santos voltou a demonstrar dificuldades contra o Cerro Porteño. Errou passes em demasia e, outra vez, sentiu falta da genialidade de Neymar, que ainda não conseguiu repetir no clube as boas atuações pela seleção sub-20.
Foram só dez minutos de bom futebol -todos no início do segundo tempo.
Neste período, Diogo encontrou Zé Love no meio da dupla de zaga paraguaia. O atacante entrou na área sozinho, mas foi derrubado pelo goleiro Barreto, em pênalti bem assinalado pelo árbitro.
Elano cobrou e fez o gol.
Os anfitriões pararam. Até controlaram o jogo, e passaram boa parte da etapa final sem sofrer sustos. Mas o castigo veio nos acréscimos.
Em disputa quase na linha da grande área com Edu Dracena, Bareiro caiu e Héctor Baldassi anotou outra penalidade. Nanni converteu, para desespero dos quase 7.000 torcedores na Vila Belmiro.
"Estávamos com a vitória nas mãos, deixamos escapar.
Precisamos ver o que fazer para não cometer o mesmo erro. E ficar mais esperto para não empatar de novo na Vila", lamentou Neymar.


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