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Clássico levanta o São Paulo e afunda a arbitragem de novo
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio à arbitragem mais desastrada do ano, o São Paulo venceu ontem o Santos de virada por
3 a 1 no Morumbi e aumentou a
espera santista por seu 16º título
estadual, algo que já dura 21 anos.
A definição do campeão ficou
para o próximo domingo, quando o Santos (40 pontos) receberá
a Portuguesa na Vila Belmiro
-se vencer, o time sairá da fila
sem depender do rival. Para ser
bicampeão, o São Paulo (39 pontos) precisa bater o Ituano e torcer
para que o Santos não vença.
O resultado de ontem no Morumbi confirmou a hegemonia
tricolor em clássicos. A equipe dirigida por Muricy Ramalho já havia derrotado Palmeiras (4 a 2) e
Corinthians (2 a 1) e disputava
com o Santos, que também dobrara os outros dois rivais, a
honraria de ser ""rei dos clássicos".
Porém também foi confirmada
na penúltima rodada do campeonato que a arbitragem paulista está em fase terrível, especialmente
nos jogos de maior visibilidade.
Exceção feita a São Paulo x Palmeiras, jogo em que houve poucos lances discutíveis, os clássicos
do Paulista foram marcados por
erros de juízes e assistentes.
Se no outro domingo a estréia
do ponto eletrônico na arbitragem de Palmeiras x Corinthians
gerou grande polêmica, no San-São de ontem a tecnologia, usada
mais uma vez, não salvou a atuação de Rodrigo Martins Cintra.
Antes de acabar o primeiro tempo, já surgiam gritos de ""vergonha" para o árbitro que invalidou
gol legal, validou gol irregular e
marcou um pênalti inexistente,
pelo menos. A arbitragem paulista já havia protagonizado o grande escândalo do futebol nacional
em 2005, quando estourou o ""caso Edilson" de manipulação de
resultados. A Federação Paulista
de Futebol deixou o comando da
arbitragem nas mãos do coronel
Marcos Marinho e procurou renovar seu quadro de árbitros.
O palmeirense Edmundo chegou a sugerir favorecimento para
o Santos ser campeão neste ano,
motivo pelo qual teve que se defender na federação. Ontem, o time que mais ambiciona a conquista estadual foi beneficiado na
maioria dos lances capitais e, apesar disso, não conseguiu sair com
o título pela segunda rodada seguida -no meio de semana, fez a
sua parte, mas não dependia apenas de si para erguer a taça.
O Santos terá seu terceiro
""match point" jogando no estádio
em que mantém 100% de aproveitamento, a Vila Belmiro, e o São
Paulo pode tirar proveito de não
enfrentar o Ituano em Itu -o último jogo são-paulino está marcado para Mogi Mirim. Mas a dúvida maior está mesmo no apito.
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