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ADMINISTRAÇÃO
TCU condena dirigentes que viveram atrito com Guga
Ex-cartolas da CBT terão de devolver R$ 146 mil
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
O Tribunal de Contas da União
cobra da antiga administração da
Confederação Brasileira de Tênis,
entre multas e devoluções, R$
146,2 mil, após detectar irregularidades no uso da verba da Lei Piva.
Foram responsabilizados o ex-presidente da CBT, Nelson Jorge
Nastás, e Carlos Alberto Martelotte, ex-superintendente técnico e
administrativo da entidade.
Foi por causa de um boicote, liderado por Guga, dos principais
jogadores de tênis do país contra
Nastás e Martelotte que o Brasil
acabou rebaixado na Davis. Foram sucedidos por Jorge Lacerda
da Rosa, do grupo de oposição.
Nastás terá de devolver R$ 68,4
mil e pagar R$ 30 mil de multa,
além de, como responsável solidário, ter de devolver em conjunto com Martelotte R$ 37,8 mil. O
ex-superintendente da CBT foi
condenado à multa de R$ 10 mil.
Em diligências feitas no Comitê
Olímpico Brasileiro, técnicos do
TCU descobriram que notas fiscais apresentadas pela CBT para
justificar gastos com eventos foram emitidas com meses, ou, em
pelo menos um caso, com até um
ano de atraso em relação às competições a que se referem.
""Impossível o reembolso de
despesas ainda não ocorridas",
aponta o relatório do TCU.
A decisão do tribunal mostra
também que a mesma nota fiscal
foi utilizada para justificar despesas diferentes em dois eventos.
Também foi condenada a contratação da empresa General Promotion Eventos e Produções S/C
para prestação de serviços no Brasileiro-03 infanto-juvenil e também no Banana Bowl-04. O sócio-gerente da firma é Martelotte.
""[Essa contratação] constitui infração a princípios da administração pública, como o da impessoalidade, da moralidade e da economicidade, previstos... na Constituição Federal... obrigatória na
gestão de recursos públicos", diz
o texto, cujo relator foi o ministro
Walton Alencar Rodrigues.
Ao ser informado pela Folha sobre a decisão do TCU, Nastás alegou que não recebeu o relatório e
que por isso desconhece seu teor.
Mesmo após ouvir da reportagem
as principais irregularidades listadas, Nastás afirmou que só se pronunciará após ler o documento.
Essa não é a primeira vez que dinheiro da Lei Piva tem de ser devolvido, porém da vez anterior a
soma havia sido muito menor. O
COB devolveu R$ 3,5 mil por bancar visita da delegação de ginástica olímpica a parque temático em
Orlando, em agosto de 2003.
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