São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2006

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VÔLEI

A luta continua

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Minas e Unisul estão travando uma batalha pela segunda vaga de finalista da Superliga masculina. A decisão será quinta-feira em Belo Horizonte. Nos quatro confrontos das semifinais entre os dois times, quem jogou em casa venceu. O Minas pode ter certo favoritismo, mas a equação é mais complicada.
Jogar em Belo Horizonte e enfrentar a fanática torcida do Minas não é fácil, mas a Unisul tem a seu favor a evolução do time nas últimas rodadas, principalmente o entrosamento do levantador Vinhedo com os atacantes.
No último confronto, o aproveitamento no ataque foi decisivo para a vitória catarinense.
O mistério é quem será o líbero da Unisul: o titular Alan ou Ezinho. No último jogo, o ponteiro Ezinho ficou com a missão.
Há duas versões: uma que foi opção de Zé Roberto já que Ezinho tem excelente fundo de quadra. A outra é que a mudança foi antecipada após uma discussão do técnico com Alan.
Já o Florianópolis, do técnico Renan, passou com uma surpreendente facilidade pelo São Bernardo. O time venceu os três confrontos das semifinais. Depois da última vitória, o atacante Dirceu deu uma de Zagallo: "Pouca gente acreditava no nosso time. Agora, vão ter que nos engolir".
Na Superliga feminina, nenhuma novidade: mais uma vez, Osasco e Rio de Janeiro vão decidir o título. Pela campanha, o Rio poderia ser apontado como favorito: 21 jogos, 21 vitórias. Nos confrontos que teve com o Osasco, também levou a melhor: em dois jogos, perdeu só um set.
Mas o Osasco, um tanto irregular no torneio, parece que retomou o seu rumo depois da surpreendente derrota para o Minas em uma das partidas das quartas-de-final. Fez três grandes jogos contra o Macaé nas semifinais e suas ponteiras, o ponto mais frágil do time, têm mostrado maior eficiência.
Pelo que tudo indica, as finais, que vão ser disputadas em uma série de cinco partidas, prometem muito equilíbrio. Os dois times se equivalem. Têm muito poder no meio de rede: o Osasco conta com Valeskinha e Carol Gattaz. O Rio tem as duas gigantes: Fabiana, 1,94 m, e Thaísa, 1,96 m.
No levantamento, o duelo também vai ser bom. O Rio tem Fernanda Venturini, a mais genial que passou por essa posição na história do vôlei brasileiro. O Osasco tem Carol, 1,82 m e atual titular da seleção. É alta, canhota, ousada e joga com muita velocidade. Inspirada, é um perigo.
Na saída de rede, o Rio tem Renatinha, a jogadora mais eficiente no ataque do campeonato. Tem uma paulada na mão.
O Osasco conta com Bia, a segunda melhor atacante do torneio e a maior pontuadora com média de 16 pontos por jogo. As líberos, Fabi e Arlene, também se equivalem.
A diferença está nas pontas: o Rio tem Sassá e Jaqueline, mais regulares no ataque e com melhor recepção do que Monique e Mari, a dupla adversária. Mas nos últimos três jogos, Mari, que passou por uma cirurgia no ombro, voltou a jogar muito bem e esse fator pode equilibrar a disputa.

Italiano
O Pesaro, de Sheila, fez a melhor campanha da fase de classificação do Italiano. A equipe assegurou a liderança ao vencer o Novara, por 3 sets a 2, sábado, na última rodada da primeira fase. O Novara jogou sem Cristina Pirv. A atacante, mulher do jogador Giba, foi afastada por suspeita de problemas cardíacos. Ela passará por novos exames.

Retorno
O atacante Marcos Milinkovic é a maior novidade na lista dos convocados para a seleção argentina. O jogador, por causa de problemas com a antiga comissão técnica, não defendeu sua equipe nacional na última temporada. Agora, ele foi convocado pelo novo técnico, Jon Uriarte, que também comanda a equipe do Minas. A Argentina está na mesma chave do Brasil na Liga Mundial.


E-mail: cidasan@uol.com.br


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