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VÔLEI
A luta continua
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Minas e Unisul estão travando uma batalha pela
segunda vaga de finalista da Superliga masculina. A decisão será
quinta-feira em Belo Horizonte.
Nos quatro confrontos das semifinais entre os dois times, quem jogou em casa venceu. O Minas pode ter certo favoritismo, mas a
equação é mais complicada.
Jogar em Belo Horizonte e enfrentar a fanática torcida do Minas não é fácil, mas a Unisul tem
a seu favor a evolução do time nas
últimas rodadas, principalmente
o entrosamento do levantador
Vinhedo com os atacantes.
No último confronto, o aproveitamento no ataque foi decisivo
para a vitória catarinense.
O mistério é quem será o líbero
da Unisul: o titular Alan ou Ezinho. No último jogo, o ponteiro
Ezinho ficou com a missão.
Há duas versões: uma que foi
opção de Zé Roberto já que Ezinho tem excelente fundo de quadra. A outra é que a mudança foi
antecipada após uma discussão
do técnico com Alan.
Já o Florianópolis, do técnico
Renan, passou com uma surpreendente facilidade pelo São
Bernardo. O time venceu os três
confrontos das semifinais. Depois
da última vitória, o atacante Dirceu deu uma de Zagallo: "Pouca
gente acreditava no nosso time.
Agora, vão ter que nos engolir".
Na Superliga feminina, nenhuma novidade: mais uma vez,
Osasco e Rio de Janeiro vão decidir o título. Pela campanha, o Rio
poderia ser apontado como favorito: 21 jogos, 21 vitórias. Nos confrontos que teve com o Osasco,
também levou a melhor: em dois
jogos, perdeu só um set.
Mas o Osasco, um tanto irregular no torneio, parece que retomou o seu rumo depois da surpreendente derrota para o Minas
em uma das partidas das quartas-de-final. Fez três grandes jogos contra o Macaé nas semifinais e suas ponteiras, o ponto
mais frágil do time, têm mostrado
maior eficiência.
Pelo que tudo indica, as finais,
que vão ser disputadas em uma
série de cinco partidas, prometem
muito equilíbrio. Os dois times se
equivalem. Têm muito poder no
meio de rede: o Osasco conta com
Valeskinha e Carol Gattaz. O Rio
tem as duas gigantes: Fabiana,
1,94 m, e Thaísa, 1,96 m.
No levantamento, o duelo também vai ser bom. O Rio tem Fernanda Venturini, a mais genial
que passou por essa posição na
história do vôlei brasileiro. O
Osasco tem Carol, 1,82 m e atual
titular da seleção. É alta, canhota,
ousada e joga com muita velocidade. Inspirada, é um perigo.
Na saída de rede, o Rio tem Renatinha, a jogadora mais eficiente no ataque do campeonato.
Tem uma paulada na mão.
O Osasco conta com Bia, a segunda melhor atacante do torneio e a maior pontuadora com
média de 16 pontos por jogo. As líberos, Fabi e Arlene, também se
equivalem.
A diferença está nas pontas: o
Rio tem Sassá e Jaqueline, mais
regulares no ataque e com melhor
recepção do que Monique e Mari,
a dupla adversária. Mas nos últimos três jogos, Mari, que passou
por uma cirurgia no ombro, voltou a jogar muito bem e esse fator
pode equilibrar a disputa.
Italiano
O Pesaro, de Sheila, fez a melhor campanha da fase de classificação
do Italiano. A equipe assegurou a liderança ao vencer o Novara, por 3
sets a 2, sábado, na última rodada da primeira fase. O Novara jogou
sem Cristina Pirv. A atacante, mulher do jogador Giba, foi afastada
por suspeita de problemas cardíacos. Ela passará por novos exames.
Retorno
O atacante Marcos Milinkovic é a maior novidade na lista dos convocados para a seleção argentina. O jogador, por causa de problemas
com a antiga comissão técnica, não defendeu sua equipe nacional na
última temporada. Agora, ele foi convocado pelo novo técnico, Jon
Uriarte, que também comanda a equipe do Minas. A Argentina está
na mesma chave do Brasil na Liga Mundial.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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