São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2008

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Aos 49min, Adriano faz gol decisivo e exibe físico

Atacante salva o São Paulo contra paraguaios em partida dramática

São Paulo 1
Sportivo Luqueño 0

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O atacante Adriano festeja gol


MÁRVIO DOS ANJOS
RICARDO VIEL

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo alto. Por baixo. Pelas laterais, pelo meio. Por todos os lados. De todas as formas. Durante mais de 90 minutos o São Paulo tentou vencer uma fortaleza paraguaia. Só aos 49 min do segundo tempo, quando o empate já parecia sacramentado, que Adriano subiu no meio da área e testou firme para vencer a parede humana criada pelo Sportivo Luqueño.
Foi o último ato de uma partida que mexeu com todos os sentimentos do torcedor são-paulino. Passou do otimismo à preocupação. Atingiu a irritação, a impaciência e, por fim, a redenção e a ironia.
Após vaiar o time, chamar os adversários de "timinho", a torcida, ao final, gritou "olé", por menos de um minuto.
Pelo volume de jogo, pela artilharia armada contra a brava defesa paraguaia, o 1 a 0 teve sabor de goleada. A movimentação solicitada pelo técnico Muricy, que previa jogo fechado, aconteceu. Principalmente com Adriano, que saía da área em busca de jogo. Pelas laterais, o São Paulo também tentou. Alçava bolas à área, na esperança de encontrar a cabeça de Borges ou de Adriano.
Por fim, tiros de longa distância, com Hernanes e Adriano, também fizeram parte das apostas são-paulinas para vazar a defesa paraguaia. Quando a bola passava pela parede de defensores, encontrava as mãos do goleiro García.
E, dessa forma, o segundo pedido de Muricy, a paciência, foi se escasseando no Morumbi.
Os jogadores do São Paulo se mostravam nervosos com as faltas dos adversários -que levaram cinco cartões amarelos.
Com pouco menos de 30 minutos, ainda do primeiro tempo, no terceiro passe errado do lateral Richarlyson, parte da torcida pediu Júnior, substituto da posição. A calma nas arquibancadas se esvaía.
A dificuldade de entrar na área adversária obrigava o time a trocar passes na intermediária, levando o torcedor à loucura -temperada pelo bumbo incessante dos fãs paraguaios.
No segundo tempo, a pressão são-paulina foi ainda maior. Durante 45 minutos o goleiro Rogério assistiu à impotência de seu time frente a 11 paraguaios que se defendiam.
E as oportunidades de gol se tornaram cada vez maiores e das mais diversas formas -de longe e de perto, pelo alto ou por baixo- o São Paulo ia tentando chegar ao gol.
De forma democrática, o São Paulo perdia gols durante todo o segundo tempo. Jorge Wagner, André Dias, Hernanes, Dagoberto, Zé Luis, todos eles tiveram ao menos uma chance para, por fim, vencer a retranca.
Foram 90 minutos de defesa contra ataque. Das mais diferentes maneiras, os paraguaios resistiam às investidas são-paulinas. Os próprios defensores se chocavam. Afastavam o perigo como podiam -às vezes levando perigo à própria meta. E assim permaneciam invictos até a bola encontrar a cabeça de Adriano. Que, assim como contra o Audax, nesse mesmo Morumbi, alegrou a torcida ao marcar dois gols, há menos de um mês. Na comemoração, sem camisa, fez alusão aos que criticam a forma física.
Com a vitória, o São Paulo chega aos oito pontos e consolida a liderança do Grupo 7 da competição. Hoje, o Nacional de Medellín (COL), que tem quatro pontos, recebe em sua casa o Audax Italiano (CHI), que tem três. O Sportivo Luqueño permanece com quatro.
A próxima partida do time é no domingo, contra o Juventus, também no Morumbi, pela última rodada da primeira fase do Paulista. Pela Libertadores, o São Paulo volta a campo na próxima quinta, quando enfrenta o Audax Italiano, em Santiago.


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