São Paulo, sábado, 03 de abril de 2010

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Contra favoritas, São Caetano tenta mudar Superliga

Na fase semifinal, a partir de hoje, time desafia domínio de cariocas e do Osasco, os finalistas nas últimas cinco edições

Sheilla, Mari e Fofão são os trunfos da equipe do ABC, que perdeu os dois duelos contra o grupo do técnico Bernardinho na fase inicial

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

São cinco anos em que o fim da novela é o mesmo na Superliga feminina: Osasco e Rio de Janeiro se enfrentam na decisão. Desta vez, os candidatos para acabar com esse marasmo são Pinheiros e São Caetano.
A equipe do ABC paulista tenta pelo segundo ano seguido provar que não é apenas um time formado por estrelas que naufraga no momento decisivo.
Na última edição da Superliga, o São Caetano parecia ser o grande candidato a quebrar a hegemonia Rio/Osasco. Investiu pesado e repatriou Sheilla, Mari e Fofão. Instável e carente de um bom banco, o time foi eliminado na semifinal.
Agora, na mesma fase, o São Caetano se diz mais "maduro" para iniciar a série melhor de três partidas contra o Rio, que tem início hoje, às 21h30.
"Temos condições de chegarmos à final. Venho dizendo isso desde o início. Muita gente me diz na cara que não vamos ganhar, mas a confiança é total", afirma o técnico Mauro Grasso.
"Tenho consciência de que o Osasco e o Rio são os favoritos. O Rio pelo tempo de convivência entre as jogadoras e o Osasco por ter o melhor plantel. Mas, se vacilarem um pouquinho, podemos levar o título."
Para atingir seu objetivo, o São Caetano enfrenta um desafio próprio: demonstrar estabilidade. Na fase classificatória, a equipe sofreu sete derrotas, uma delas para o fraco São José, o lanterna da competição.
Para a levantadora Fofão, a instabilidade no início da Superliga se deve ao desentrosamento entre as atletas que vieram da seleção e as que já estavam treinando juntas.
"Quando elas [Mari e Sheilla] voltaram da seleção, a gente não conseguiu um entrosamento muito rápido. Demoramos um pouquinho para entrar no mesmo ritmo. A gente costumava falar que o grupo ainda não tinha uma cara", diz Fofão, que há um ano, quando jogava pela seleção, sentiu a mesma dificuldade de adaptação.
A levantadora considera que, ao longo do campeonato, essa dificuldade foi superada.
"Temos um time forte, mas não demonstrávamos isso dentro de quadra. A partir do momento que nossa confiança na jogadora que está ao lado aumentou, melhoramos bastante em todos os fundamentos."
Essa confiança será posta à prova justamente contra o time que o São Caetano não venceu no torneio. Nos dois jogos da primeira fase, o Rio teve duas vitórias, ambas por 3 sets 0.
"Nossa motivação cresceu muito agora. Foram duas derrotas que não refletiram o equilíbrio entre as equipes. Agora, estamos em outro momento. O Rio cresceu muito na temporada e é o favorito, mas temos mais consistência para apresentar nos próximos jogos", afirma o confiante Grasso.


NA TV - São Caetano x Rio de Janeiro
Sportv, ao vivo, às 21h30




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