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Contra favoritas, São Caetano tenta mudar Superliga
Na fase semifinal, a partir de hoje, time desafia domínio de cariocas e do Osasco, os finalistas nas últimas cinco edições
Sheilla, Mari e Fofão são os trunfos da equipe do ABC, que perdeu os dois duelos contra o grupo do técnico Bernardinho na fase inicial
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
São cinco anos em que o fim
da novela é o mesmo na Superliga feminina: Osasco e Rio de
Janeiro se enfrentam na decisão. Desta vez, os candidatos
para acabar com esse marasmo
são Pinheiros e São Caetano.
A equipe do ABC paulista
tenta pelo segundo ano seguido
provar que não é apenas um time formado por estrelas que
naufraga no momento decisivo.
Na última edição da Superliga, o São Caetano parecia ser o
grande candidato a quebrar a
hegemonia Rio/Osasco. Investiu pesado e repatriou Sheilla,
Mari e Fofão. Instável e carente
de um bom banco, o time foi eliminado na semifinal.
Agora, na mesma fase, o São
Caetano se diz mais "maduro"
para iniciar a série melhor de
três partidas contra o Rio, que
tem início hoje, às 21h30.
"Temos condições de chegarmos à final. Venho dizendo isso
desde o início. Muita gente me
diz na cara que não vamos ganhar, mas a confiança é total",
afirma o técnico Mauro Grasso.
"Tenho consciência de que o
Osasco e o Rio são os favoritos.
O Rio pelo tempo de convivência entre as jogadoras e o Osasco por ter o melhor plantel.
Mas, se vacilarem um pouquinho, podemos levar o título."
Para atingir seu objetivo, o
São Caetano enfrenta um desafio próprio: demonstrar estabilidade. Na fase classificatória, a
equipe sofreu sete derrotas,
uma delas para o fraco São José, o lanterna da competição.
Para a levantadora Fofão, a
instabilidade no início da Superliga se deve ao desentrosamento entre as atletas que vieram da seleção e as que já estavam treinando juntas.
"Quando elas [Mari e Sheilla]
voltaram da seleção, a gente
não conseguiu um entrosamento muito rápido. Demoramos um pouquinho para entrar
no mesmo ritmo. A gente costumava falar que o grupo ainda
não tinha uma cara", diz Fofão,
que há um ano, quando jogava
pela seleção, sentiu a mesma
dificuldade de adaptação.
A levantadora considera que,
ao longo do campeonato, essa
dificuldade foi superada.
"Temos um time forte, mas
não demonstrávamos isso dentro de quadra. A partir do momento que nossa confiança na
jogadora que está ao lado aumentou, melhoramos bastante
em todos os fundamentos."
Essa confiança será posta à
prova justamente contra o time
que o São Caetano não venceu
no torneio. Nos dois jogos da
primeira fase, o Rio teve duas
vitórias, ambas por 3 sets 0.
"Nossa motivação cresceu
muito agora. Foram duas derrotas que não refletiram o equilíbrio entre as equipes. Agora,
estamos em outro momento. O
Rio cresceu muito na temporada e é o favorito, mas temos
mais consistência para apresentar nos próximos jogos",
afirma o confiante Grasso.
NA TV - São Caetano x Rio de Janeiro
Sportv, ao vivo, às 21h30
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