São Paulo, domingo, 03 de abril de 2011

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Franca forma comandantes do Brasileiro

BASQUETE
Sete dos 15 técnicos do NBB são da escola do interior de SP


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A primeira fase do NBB (Novo Basquete Brasil) chega ao fim hoje com recorde de técnicos forjados nas quadras de Franca (interior de SP), o mais tradicional reduto da modalidade no país.
Cinco treinadores nasceram na cidade: Hélio Rubens (Franca), Carlão (Assis), Guerrinha (Bauru), João Marcelo (Pinheiros) e Daniel Wattfy (Araraquara).
Nenhum outro município tem tantos representantes no banco de reservas do NBB.
Mais dois comandantes têm sua história no esporte diretamente relacionada a Franca: o paulistano Demétrius (Limeira) e Chuí (Uberlândia), de Araçatuba.
O torneio ainda conta com dois argentinos (no Minas e no Flamengo), três paulistas (em São José, Vitória e Joinville), dois cariocas (no Brasília e no Paulistano) e um capixaba (no Vila Velha).
Todos os técnicos que têm relação com a cidade foram treinados ou até jogaram com Hélio Rubens, que diz ser aluno da escola Pedroca.
Pedro Murilla Fuentes comandou o time local de 1951 a 1983, época de ouro da modalidade no Brasil. O ginásio da cidade, um dos poucos do país feitos exclusivamente para jogos de basquete, chama-se Pedrocão, como forma de homenagear o ex-treinador, morto há 18 anos.
"Falam de mim, mas sempre digo: grandes eram meu pai e o Pedroca", diz Hélio Rubens, que jogava no Franca em 1983, quando Pedroca largou o esporte por questões de saúde e pressão familiar. Herdou o cargo de técnico.
Em seguida, Carlão, que também atuava no time, converteu-se em auxiliar de Hélio Rubens. Guerrinha e Demétrius foram orientados por eles nos anos posteriores.
Quando Carlão saiu, Daniel Wattfy assumiu o posto. Ascendeu à posição de treinador quando Hélio Rubens trocou o Franca pelo Vasco, no final dos anos 90.
João Marcelo, então treinador do juvenil, que contava com um talentoso pivô chamado Anderson Varejão, virou assistente de Wattfy.
Chuí, já em final de carreira, fazia parte da equipe de Wattfy e João Marcelo. Quando se aposentou, em 2004, o ala deixou seu nome como jogador com maior número de atuações por Franca.
Araçatubense criado em Campo Grande (MS), mudou--se para a cidade paulista quando jogava e, até hoje, a mulher e os filhos moram lá.
"Eu sou parte da história de Franca", declara Chuí.
Demétrius é de família francana. Seu pai, Edson Ferracciú, jogou por lá. Em 1991, Demétrius começou uma história que se dividiu em três passagens pela cidade.
"Quem soube aproveitar a cultura de Franca está bem hoje", afirma Demétrius, em seu primeiro ano como técnico de time adulto. "Tenho certeza de que a tradição não vai parar por aqui", aposta Wattfy, do Araraquara.


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