São Paulo, domingo, 03 de abril de 2011

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PAULO VINICIUS COELHO

O início do fim


A diretoria do Palmeiras reforça a ideia de tornar Marcos eterno no memorial da nova arena


O PRESIDENTE do Palmeiras, Arnaldo Tirone, aproveitou a chefia da delegação da seleção brasileira, em Londres, para negociar um jogo de despedida para o goleiro Marcos. Ouviu da CBF que a festa teria de ser feita em conjunto com outras lendas, como Cafu e Rivaldo. Contra-argumentou: "Marcos merece uma festa só para ele, como Ronaldo".
Será mais fácil para Tirone cuidar das homenagens dentro de seu próprio clube. Marcos não joga hoje contra o Santos e tem o retorno preparado para a reta de chegada do Paulistão.
"Trabalhamos para ele jogar o maior número de partidas possível depois de voltar", diz o treinador de goleiros Carlos Pracidelli. "Queremos que ele ganhe títulos em 2011 e, no fim do ano, avalie qual será sua decisão. Se vai parar ou continuar."
No Palmeiras, é unânime que Marcos tem importância para o fortalecimento do time, mesmo quando não joga.
De azarão em janeiro, o Palmeiras virou líder em abril, condição que defende no clássico da Vila Belmiro. Se ganhar algum título no ano, o goleiro será parte disso. "Nosso dia a dia sem o Marcos no grupo seria como uma família sem o pai", diz Pracidelli.
Nem sempre é assim. Na única derrota do Palmeiras no ano, contra o Corinthians, Marcos era o goleiro e saiu de campo repetindo que seu time ressuscitou o rival. O Corinthians vinha de eliminação na Libertadores, contra o Tolima, e levantou a cabeça ao vencer o clássico.
Também é de se questionar se Marcos deve voltar a ser titular quando estiver fisicamente apto. A lesão mais recente provocou artrose em seu joelho e, ao mesmo tempo, Deola se firmou como titular. Hoje, se a torcida do Palmeiras tem motivo para temer a vitória do Santos, é pela presença de Neymar e de Ganso, não pela ausência de Marcos.
O bom desempenho de Deola já faz parte da história da aposentadoria do goleiro-santo, seja ela em dezembro ou mais tarde.
Marcos pensa nisso, e a diretoria do Palmeiras imagina como homenageá-lo.
Além do jogo de despedida solicitado à CBF, nos mesmos moldes do de Ronaldo, em junho, contra a Romênia, a direção reforça a ideia de torná-lo eterno no memorial da nova arena.
Os bustos de Junqueira, Waldemar Fiúme e Ademir da Guia estão guardados junto com a velha sala de troféus, na Vila Madalena. Quando a arena sair do papel, a ideia é que Marcos se junte a eles. "Ele merece um busto", diz Tirone.

pvc@uol.com.br


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