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Polivalente, atacante é opção tática
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele ostenta um biótipo que
lembra o marrento artilheiro
Romário e, no futebol carioca,
ficou conhecido por suas arrancadas no ataque do Botafogo.
Mas, para os jogadores corintianos, Jorge Henrique hoje
simboliza a unidade do grupo
por sua aplicação tática.
"Ele é um jogador que se doa
muito. Volta para marcar, ajuda
os companheiros e cumpre o
papel de auxiliar na marcação",
afirmou o zagueiro William,
que hoje reassume a tarja de capitão -ele não encarou o Atlético-PR pela Copa do Brasil.
Para William, a solidariedade
do companheiro é comparada
em nível internacional. "O
Cristiano Ronaldo, um dos melhores do mundo, volta para
ajudar a marcar. O Jorge Henrique cumpre a mesma função
e tem uma grande utilidade",
comentou o zagueiro.
Para um atacante de ofício, o
fato de só ter marcado três gols
no Paulista seria motivo de
preocupação. Não para Jorge
Henrique. Com o técnico Mano
Menezes, o jogador revelado no
Náutico tem muito prestígio.
Mano afirmou ainda que a
polivalência tática do atacante
já tinha sido observada por ele.
"Vou discordar das pessoas
que veem o Jorge Henrique
apenas como atacante. Ele já
atuou em outros times como
ala pela direita. Atacava e voltava para ajudar na marcação. Isso também fez com que eu solicitasse a sua contratação."
Mesmo sem ser titular absoluto, Jorge Henrique vem recebendo cuidados especiais do
departamento médico do clube
visando a partida de hoje.
Com desconforto muscular,
ele nem sequer viajou para Curitiba, onde o time enfrentou o
Atlético no meio de semana -e
perdeu por 3 a 2. Tudo para facilitar a sua recuperação.
Na partida de hoje contra o
Santos, Mano deve utilizar Jorge Henrique para aproveitar a
vantagem -é campeão até com
derrota por dois gols de diferença- conquistada após bater
o rival na Vila Belmiro.
Caso venha a erguer a taça,
Jorge Henrique vai obter o seu
terceiro estadual na carreira.
Em 2004, ele conquistou o
Pernambucano com o Náutico
e, no ano seguinte, ganhou o
Paranaense pelo Atlético.
Nos dois últimos anos, porém, bateu na trave nas decisões em que participou. Pelo
Botafogo, foi vice-campeão em
2007 e 2008.
(TONI ASSIS)
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