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Meia supera degola e vira organizador
CAROLINA ARAÚJO
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
Dezembro de 2008. Recém-
-rebaixado com o Vasco, Madson, 22, é anunciado como o
primeiro reforço do Santos para 2009. Na chegada, é ofuscado por contratações mais caras,
como Lúcio Flávio e Bolaños.
Maio de 2009. Enquanto os
candidatos a estrela esquentam
o banco, Madson é uma das
principais apostas da torcida
em uma vitória por três gols de
diferença, hoje, no Pacaembu
-necessária para que o clube
seja campeão paulista.
Com seu declarado 1,60 m
-em sua apresentação, o meia
não quis ser medido pelos jornalistas-, o baixinho se tornou
destaque não apenas por herdar a camisa 10, que vestiu Pelé.
Também não é um goleador.
Com a camisa do Santos, fez
quatro gols -é o vice-artilheiro
do time no ano. Mas, no esquema tático de Vagner Mancini, a
bola passa por Madson, o campeão em receber passes e em
dar assistências do time.
E, presente em 25 dos 26 jogos do Santos no ano -suspenso, só não jogou ante o Mogi
Mirim, em março-, o meia arranca elogios do atual chefe.
Para Mancini, se Kléber Pereira é um finalizador nato e
Neymar se destaca pelo improviso, é o camisa 10, pelo lado direito, que municia o setor ofensivo durante os 90 minutos.
"O Madson tem mais força física, investe sobre o adversário.
É ele quem desorganiza a defesa, quem mais agride o rival."
A boa fase do meia também
decorre de sua forma física. Nos
primeiros jogos, enquanto o excesso de peso incomodava
grande parte do elenco, Madson já voava em campo.
Segundo o jogador, o motivo
para o bom preparo físico tem
nome: Nicolas, o filho de quatro
meses que o obrigou a passar as
férias em casa, sem desfrutar
dos excessos típicos do período.
Mas, para o preparador físico
Flávio de Oliveira, a explicação
para Madson ser o "motor" do
time é outra. "Ele é um dos
mais fortes e velozes porque é
muito disciplinado", declarou.
E, com o fracasso da maior
parte dos dez reforços do Santos, o baixinho, que assinou
contrato por três anos, é um
alento para a diretoria santista.
"Ele se enquadra no nosso
perfil ideal, de jogador jovem,
talentoso e com potencial de
venda ao exterior no futuro",
afirmou Adilson Durante, diretor de futebol do clube.
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