São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009

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Meia supera degola e vira organizador

CAROLINA ARAÚJO
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

Dezembro de 2008. Recém- -rebaixado com o Vasco, Madson, 22, é anunciado como o primeiro reforço do Santos para 2009. Na chegada, é ofuscado por contratações mais caras, como Lúcio Flávio e Bolaños.
Maio de 2009. Enquanto os candidatos a estrela esquentam o banco, Madson é uma das principais apostas da torcida em uma vitória por três gols de diferença, hoje, no Pacaembu -necessária para que o clube seja campeão paulista.
Com seu declarado 1,60 m -em sua apresentação, o meia não quis ser medido pelos jornalistas-, o baixinho se tornou destaque não apenas por herdar a camisa 10, que vestiu Pelé.
Também não é um goleador. Com a camisa do Santos, fez quatro gols -é o vice-artilheiro do time no ano. Mas, no esquema tático de Vagner Mancini, a bola passa por Madson, o campeão em receber passes e em dar assistências do time.
E, presente em 25 dos 26 jogos do Santos no ano -suspenso, só não jogou ante o Mogi Mirim, em março-, o meia arranca elogios do atual chefe.
Para Mancini, se Kléber Pereira é um finalizador nato e Neymar se destaca pelo improviso, é o camisa 10, pelo lado direito, que municia o setor ofensivo durante os 90 minutos.
"O Madson tem mais força física, investe sobre o adversário. É ele quem desorganiza a defesa, quem mais agride o rival."
A boa fase do meia também decorre de sua forma física. Nos primeiros jogos, enquanto o excesso de peso incomodava grande parte do elenco, Madson já voava em campo.
Segundo o jogador, o motivo para o bom preparo físico tem nome: Nicolas, o filho de quatro meses que o obrigou a passar as férias em casa, sem desfrutar dos excessos típicos do período.
Mas, para o preparador físico Flávio de Oliveira, a explicação para Madson ser o "motor" do time é outra. "Ele é um dos mais fortes e velozes porque é muito disciplinado", declarou.
E, com o fracasso da maior parte dos dez reforços do Santos, o baixinho, que assinou contrato por três anos, é um alento para a diretoria santista.
"Ele se enquadra no nosso perfil ideal, de jogador jovem, talentoso e com potencial de venda ao exterior no futuro", afirmou Adilson Durante, diretor de futebol do clube.


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