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Comissão elogia o Rio, mas evita comparações
Presidente do grupo diz que os 13 avaliadores ficaram "muito impressionados
Dirigente cita inclusão
social, desenvolvimento de
infraestrutura e pequeno
intervalo para a Copa-14
como fatores importantes
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Presidente da Comissão de
Avaliação do COI (Comitê
Olímpico Internacional), a
marroquina Nawal El Moutawakel elogiou ontem a candidatura do Rio à sede dos Jogos
Olímpicos de 2016. O 13 avaliadores estrangeiros, segundo
ela, ficaram "muito impressionados" com o projeto carioca.
Na única entrevista concedida por um integrante desde a
chegada da comissão ao Rio, na
segunda passada, foram destacados pela presidente três aspectos que ela considera importantes no projeto apresentado pelo Comitê Rio 2016, formado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e governos federal, estadual e municipal.
O primeiro item citado foi a
"inclusão social" que os Jogos
propiciariam ao Rio e ao país. O
segundo, o desenvolvimento de
uma infraestrutura urbana
-de transportes, meio ambiente, instalações esportivas- hoje inexistente na região metropolitana. O terceiro, a proximidade dos Jogos da Copa de
2014, que acontece no Brasil.
"Os Jogos aqui também poderiam ser importantes para o
continente", disse ela, sobre o
fato de a América do Sul jamais
ter sediado uma Olimpíada.
Ela citou o entendimentos
entre as esferas de poder como
uma vantagem do Rio. "Notamos unidade", afirmou ela.
Ouro nos 400 m com barreiras nos Jogos de Los Angeles,
em 1984, Moutawakel disse
ainda considerar o projeto "um
grande trabalho". Mas recusou-se a fazer comparações
com as cidades que disputam a
sede: Chicago, Madri e Tóquio.
A presidente também não
quis adiantar as conclusões do
relatório final sobre as pretensões dos concorrentes, que deverá ser conhecido no dia 2 de
setembro, no site do COI.
"Faremos uma avaliação técnica. Ajudará os membros da
COI a entender o projeto e a votar. (...) Daremos um relatório
honesto. Vimos ontem [anteontem], durante a visita às
instalações e aos locais onde
deverão ficar as que ainda serão
construídas, coisas que podem
ser valiosas no relatório final."
A escolha da sede olímpica de
2016 ocorrerá em votação em
Copenhague, em 2 de outubro.
Moutawakel disse que, se o
Rio for escolhido, o legado para
a cidade e o país será valioso,
pois sentiu segurança nas garantias do comitê e dos governantes -o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inclusive- para os investimentos previstos,
de R$ 30 bilhões. "Tudo o que
vimos foi positivo", disse.
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