São Paulo, domingo, 03 de maio de 2009

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Comissão elogia o Rio, mas evita comparações

Presidente do grupo diz que os 13 avaliadores ficaram "muito impressionados

Dirigente cita inclusão social, desenvolvimento de infraestrutura e pequeno intervalo para a Copa-14 como fatores importantes


SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Presidente da Comissão de Avaliação do COI (Comitê Olímpico Internacional), a marroquina Nawal El Moutawakel elogiou ontem a candidatura do Rio à sede dos Jogos Olímpicos de 2016. O 13 avaliadores estrangeiros, segundo ela, ficaram "muito impressionados" com o projeto carioca.
Na única entrevista concedida por um integrante desde a chegada da comissão ao Rio, na segunda passada, foram destacados pela presidente três aspectos que ela considera importantes no projeto apresentado pelo Comitê Rio 2016, formado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e governos federal, estadual e municipal.
O primeiro item citado foi a "inclusão social" que os Jogos propiciariam ao Rio e ao país. O segundo, o desenvolvimento de uma infraestrutura urbana -de transportes, meio ambiente, instalações esportivas- hoje inexistente na região metropolitana. O terceiro, a proximidade dos Jogos da Copa de 2014, que acontece no Brasil.
"Os Jogos aqui também poderiam ser importantes para o continente", disse ela, sobre o fato de a América do Sul jamais ter sediado uma Olimpíada.
Ela citou o entendimentos entre as esferas de poder como uma vantagem do Rio. "Notamos unidade", afirmou ela.
Ouro nos 400 m com barreiras nos Jogos de Los Angeles, em 1984, Moutawakel disse ainda considerar o projeto "um grande trabalho". Mas recusou-se a fazer comparações com as cidades que disputam a sede: Chicago, Madri e Tóquio.
A presidente também não quis adiantar as conclusões do relatório final sobre as pretensões dos concorrentes, que deverá ser conhecido no dia 2 de setembro, no site do COI.
"Faremos uma avaliação técnica. Ajudará os membros da COI a entender o projeto e a votar. (...) Daremos um relatório honesto. Vimos ontem [anteontem], durante a visita às instalações e aos locais onde deverão ficar as que ainda serão construídas, coisas que podem ser valiosas no relatório final."
A escolha da sede olímpica de 2016 ocorrerá em votação em Copenhague, em 2 de outubro.
Moutawakel disse que, se o Rio for escolhido, o legado para a cidade e o país será valioso, pois sentiu segurança nas garantias do comitê e dos governantes -o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inclusive- para os investimentos previstos, de R$ 30 bilhões. "Tudo o que vimos foi positivo", disse.


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