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ANÁLISE
Lateral esquerda e saída de bola são gargalos do time de Dunga
TOSTÃO
COLUNISTA DA FOLHA
Conheci de perto as vuvuzelas. Apesar do barulho, foi
gostoso ver o jogo próximo à
torcida africana, que dançou
e cantou o tempo todo.
Na primeira etapa, o Brasil, pensando na Coreia do
Norte, que joga muito recuada, tentou marcar por pressão. Mas foi a modesta seleção do Zimbábue que pressionou e perdeu gols.
Depois, o time africano
cansou, e o Brasil mostrou
sua força e seu talento.
No gol de falta, Michel Bastos mostrou por que Dunga o
preferiu a outros laterais.
Kaká continua fora de forma física e técnica.
Daniel Alves entrou e deu
show. Pena vê-lo na reserva.
Maicon merece ser titular, e
parece que Dunga abandonou a ideia de colocar Daniel
Alves no lugar de Elano. O time teria mais um craque.
Elano e Júlio Baptista mostraram novamente que são
muito melhores na seleção
do que em seus clubes.
Se eu fosse treinador de futebol e jogasse contra o Brasil, faria algumas coisas.
Uma seria colocar um
meia e um lateral abertos pela direita, para jogar em cima
do lateral esquerdo brasileiro. Ele fica desprotegido, já
que tanto Gilberto Silva como Felipe Melo atuam pelo
centro. Do outro lado, Elano
ajuda bastante Maicon.
Outra coisa seria pressionar os volantes brasileiros na
saída da bola. Gilberto Silva e
Felipe Melo têm pouca habilidade para sair da marcação.
A maioria das seleções recua e espera o Brasil. Além da
qualidade do time, um dos
motivos de o Brasil raramente perder é que os rivais morrem de medo da seleção.
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