São Paulo, quinta-feira, 03 de junho de 2010

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ANÁLISE

Lateral esquerda e saída de bola são gargalos do time de Dunga

TOSTÃO
COLUNISTA DA FOLHA

Conheci de perto as vuvuzelas. Apesar do barulho, foi gostoso ver o jogo próximo à torcida africana, que dançou e cantou o tempo todo.
Na primeira etapa, o Brasil, pensando na Coreia do Norte, que joga muito recuada, tentou marcar por pressão. Mas foi a modesta seleção do Zimbábue que pressionou e perdeu gols.
Depois, o time africano cansou, e o Brasil mostrou sua força e seu talento.
No gol de falta, Michel Bastos mostrou por que Dunga o preferiu a outros laterais.
Kaká continua fora de forma física e técnica.
Daniel Alves entrou e deu show. Pena vê-lo na reserva. Maicon merece ser titular, e parece que Dunga abandonou a ideia de colocar Daniel Alves no lugar de Elano. O time teria mais um craque.
Elano e Júlio Baptista mostraram novamente que são muito melhores na seleção do que em seus clubes.
Se eu fosse treinador de futebol e jogasse contra o Brasil, faria algumas coisas.
Uma seria colocar um meia e um lateral abertos pela direita, para jogar em cima do lateral esquerdo brasileiro. Ele fica desprotegido, já que tanto Gilberto Silva como Felipe Melo atuam pelo centro. Do outro lado, Elano ajuda bastante Maicon.
Outra coisa seria pressionar os volantes brasileiros na saída da bola. Gilberto Silva e Felipe Melo têm pouca habilidade para sair da marcação.
A maioria das seleções recua e espera o Brasil. Além da qualidade do time, um dos motivos de o Brasil raramente perder é que os rivais morrem de medo da seleção.


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