DO ENVIADO A MAGNY-COURS

Após o vexame dos pneus Michelin em Indianápolis, a F-1 corre risco de ter, em Magny-Cours, outro domingo agitado. Mas o motivo é extrapista: um grupo de 300 manifestantes planeja bloquear as estradas que dão acesso ao circuito. Durante a semana, eles marcharam 240 km, desde Lyon, e ontem estavam a 15 km da pista.
O grupo é liderado pelo ativista François Schneider, ligado ao sindicalista José Bové, famoso líder antiglobalização. E seu símbolo é um burro, Jujuba, que fez a marcha até a pista. Para Schneider, a F-1 simboliza o desperdício de petróleo, a poluição ambiental e a ineficiência do governo francês, por usar recursos de contribuintes.
"Queremos acabar com esse esporte anacrônico, feito para o prazer de poucos, enquanto as reservas de petróleo estão se esgotando e o ar do planeta fica cada vez mais poluído", disse, em comunicado distribuído nas cercanias do autódromo.
Para os pilotos, que ficam em hotéis próximos à pista, o protesto não deve causar transtornos. Porém ele preocupa a organização da prova. Empolgados com a Renault nesta temporada, os franceses devem lotar o circuito: 85 mil pessoas compraram bilhete para o GP.
"Esperamos o caos", declarou ontem um porta-voz da organização da corrida. (FSX)


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