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Com as mãos, Uruguai vai à semifinal
Depois de Suárez evitar gol e ser expulso, goleiro decide nos pênaltis
Uruguai 1 (4)
Forlán, aos 10 min do 2º tempo
Gana 1 (2)
Muntari, aos 47 min do 1º tempo
FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
RODRIGO MATTOS
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO
A classificação do Uruguai
à semifinal da Copa do Mundo de 2010 depois de 40 anos
foi obra de duas mãos: os
braços estendidos do atacante Luiz Suárez na linha do gol
evitaram o tento ganense e a
eliminação sul-americana.
O lance foi no último minuto da prorrogação das
quartas de final entre Uruguai e Gana. O empate (1 a 1)
persistia após 120 minutos.
Os ganenses tinham sua
última chance em cruzamento para a área, em bola parada. As vuvuzelas se tornaram
mais altas no Soccer City.
Appiah cruzou, Suárez salvou com a perna, mas o rebote sobrou para o zagueiro
Adiyah desviar de cabeça para o gol. A bola entraria, mas
o atacante uruguaio levantou as mãos para detê-la.
"Pelas circunstâncias, não
havia outra situação, perderíamos a classificação. [A expulsão] serviu para ter as
mãos de Deus. Eu as tenho
agora", brincou Suárez, que
acabou expulso com o lance.
Após Gyan Asamoah bater
o pênalti no travessão, Muslera olhou para cima e agradeceu. Ao lado de campo,
Suárez caminhava para o
vestiário, triste, quando viu o
lance e comemorou aos pulos, com os punhos cerrados.
Não era o fim. Mas o Uruguai sobrevivia após um domínio de Gana no final.
Os uruguaios foram melhores até os 30min do primeiro tempo, mas viram o rival se impor na partida até
sofrerem um gol de Muntari,
aos 47min da etapa inicial.
O Uruguai só empatou em
uma cobrança de falta no ângulo com o atacante Forlán,
aos 10min da segunda etapa.
Mas faltava aos sul-americanos o fôlego e o toque de
bola que sobravam aos ganenses. As chances da Celeste só surgiam em contra-ataques. E os ganenses ameaçavam. "Não foi boa partida,
mas, como falamos no Uruguai, fizemos o que era preciso em campo", declarou o
técnico Oscar Tabárez.
Na prorrogação, o fôlego
africano fazia ainda mais diferença, e os ganenses só não
fizeram o gol pelo erro de
Gyan na penalidade e pelo
acaso. Mas a confiança se tornou uruguaia nos pênaltis.
Aí foi a vez de as mãos de
Muslera pegarem duas cobranças de Mensah e, ironia
do destino, Adiyiah. Resultado: 4 a 2 nos pênaltis, encerrados por cobrança de Loco
Abreu. "Tivemos a sorte do
nosso lado", disse Tabárez.
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