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Time é reflexo da sociedade alemã, diz especialista
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
A diversidade étnica da
atual sociedade alemã finalmente está representada na
seleção. Hoje, quase 20% da
população local é composta
por estrangeiros ou por descendentes de imigrantes.
"A seleção reflete muito
bem aquilo em que está se
transformando a Alemanha.
Há hoje grande discussão sobre o que é ser alemão",
aponta o sociólogo alemão
Martin Curi, radicado no Rio.
Para ele, a inserção de estrangeiros, principalmente
de turcos, na equipe alemã
ocorre até com certo atraso.
Mesut Özil e Sedar Tasci
são os primeiros descendentes de turcos a jogar uma Copa pelo país. Isso ocorre só
40 anos após ser registrado o
maior fluxo migratório da
Turquia para a Alemanha.
"É surpreendente que até
esta Copa não tenha havido
outro caso. Já há descendentes de turcos em posições de
destaque em outras áreas",
diz o sociólogo. Ele cita o político Cem Özdemir, líder do
Partido Verde local e membro do Parlamento Europeu.
Hoje, os turcos e seus descendentes compõem o maior
grupo de estrangeiros no
país, representando 2,4% da
população alemã.
Mas não é só a Alemanha
que se beneficia do talento
turco. O contrário também
ocorre. Muitos jogadores da
atual seleção turca nasceram
em território alemão.
"Os turcos têm agências
na Alemanha e, assim que
um jovem jogador de nome
turco desponta por lá, eles o
levam para a Turquia."
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