São Paulo, sábado, 03 de julho de 2010

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Time é reflexo da sociedade alemã, diz especialista

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

A diversidade étnica da atual sociedade alemã finalmente está representada na seleção. Hoje, quase 20% da população local é composta por estrangeiros ou por descendentes de imigrantes.
"A seleção reflete muito bem aquilo em que está se transformando a Alemanha. Há hoje grande discussão sobre o que é ser alemão", aponta o sociólogo alemão Martin Curi, radicado no Rio.
Para ele, a inserção de estrangeiros, principalmente de turcos, na equipe alemã ocorre até com certo atraso.
Mesut Özil e Sedar Tasci são os primeiros descendentes de turcos a jogar uma Copa pelo país. Isso ocorre só 40 anos após ser registrado o maior fluxo migratório da Turquia para a Alemanha.
"É surpreendente que até esta Copa não tenha havido outro caso. Já há descendentes de turcos em posições de destaque em outras áreas", diz o sociólogo. Ele cita o político Cem Özdemir, líder do Partido Verde local e membro do Parlamento Europeu.
Hoje, os turcos e seus descendentes compõem o maior grupo de estrangeiros no país, representando 2,4% da população alemã.
Mas não é só a Alemanha que se beneficia do talento turco. O contrário também ocorre. Muitos jogadores da atual seleção turca nasceram em território alemão.
"Os turcos têm agências na Alemanha e, assim que um jovem jogador de nome turco desponta por lá, eles o levam para a Turquia."


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