São Paulo, domingo, 03 de julho de 2011

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Camisa 10

Ganso, que só atuou uma vez pela seleção principal, joga na Copa América contra a Venezuela com status de insubstituível para Mano Menezes

MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL

ENVIADOS ESPECIAIS A LOS CARDALES

Paulo Henrique Ganso, 21, 1,82 m, 75 kg, começa hoje a carregar nas costas a nova seleção brasileira. O Brasil estreia hoje às 16h, contra a Venezuela, na Copa América da Argentina, em La Plata.
O torneio é o primeiro compromisso oficial de Mano Menezes no time. E marca o início do que o próprio técnico espera que seja o reinado de Ganso com a camisa 10.
O treinador confia cegamente em sua defesa (Júlio César, Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos), nunca deixou de convocar a dupla de volantes que vai começar jogando nesta tarde (Lucas Leiva e Ramires) e faz questão de correr o risco de escalar três homens de frente (Robinho, Neymar e Pato).
Mas o único jogador da seleção que não tem substituto é Ganso. E foi em torno dele que Mano construiu o time que vai tentar conquistar a Copa América pela nova vez -a terceira consecutiva.
Nos oito amistosos em que dirigiu o time nacional, o técnico só pôde contar com o meia santista uma vez. Foi justamente na estreia, contra os EUA, em agosto do ano passado, na vitória por 2 a 0.
Até hoje aquele jogo serve como referência para o que o treinador espera da seleção. Sem Ganso, o Brasil perdeu duas partidas, empatou uma e venceu quatro sem brilhar.
"É lógico que nem todos os jogadores que desempenharam a função até aqui têm a fundamentação tão completa quanto o Ganso", comentou o treinador brasileiro.
Nos treinos da seleção em Los Cardales (a 60 quilômetros de Buenos Aires), Mano nunca cogitou uma alternativa para seu camisa 10.
O técnico trouxe para a Copa América um time reserva que serve como "espelho" do titular. Cada atleta tem seu suplente direto -menos Ganso, que arranca elogios de todos os outros jogadores.
"Com ele te achando livre na cara do gol três, quatro vezes por jogo, fica mais fácil para nós", afirmou o atacante Fred, por exemplo.
Nos coletivos durante a semana, Mano experimentou na função Elano, depois Jadson, e também Lucas, mas sempre na equipe reserva.
No entendimento do treinador, até a ausência da estrela Neymar pode ser suprida sem causar o mesmo estrago no time que uma eventual saída de Ganso, que sabe disso. "Mano sempre gostou muito do meu futebol, mas, se eu me acomodar, vou perder meu espaço", afirmou.
Com títulos de Libertadores, Copa do Brasil e Paulista na bagagem, o santista mostrou tranquilidade diante da missão de carregar a seleção.
"Se eu apresentar um futebol muito bom, vou conseguir tirar um pouco da pressão de jogar com a 10", disse.
Apesar da carreira curta, Ganso já teve lesões graves. Rompeu o ligamento cruzado anterior dos dois joelhos e acaba de voltar de uma contusão muscular na coxa direita que o tirou de vários confrontos decisivos do Santos nesta temporada.
O meia assegura estar curado. "Consegui me recuperar muito bem, apesar de as lesões serem muito sérias", disse Ganso. "Pude jogar a final da Libertadores e estou em condições totais para disputar a Copa América."

NA TV
Brasil x Venezuela

16h Globo, Bandsports, ESPN Brasil, ESPN HD e Sportv


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