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Brasileiro troca filtro solar por
barraca de lona
DOS ENVIADOS A ATENAS
Quem já passou por Atenas dá o recado: o clima vai
influenciar nas provas e exigir atenção dos atletas.
Um dos primeiros a adotar
esse discurso no Brasil foi o
nadador Gustavo Borges.
Após disputar um evento na
capital grega em junho, ele
diagnosticou problemas.
"Além do calor, bate um
vento muito forte à tarde,
sempre no sentido contrário
ao do bloco de partida. Ou
seja, existe um sol que te esgota e um atrito a mais para
ser superado na água", diz.
Sua receita para que as
condições climáticas não arruinem seu desempenho é o
repouso. "A adversidade é
muito maior, por isso é necessário chegar à piscina
110% em forma para conseguir uma boa performance."
Outro que segue na mesma toada é o velejador Robert Scheidt. Após passar 15
dias na Grécia, ele notou que
sua preparação teria que ganhar novos contornos por
causa da temperatura.
"Um dia eu estava no mar,
e os termômetros ultrapassaram os 40C. É muito. Por
isso a preparação física vai
ser muito importante."
Essa corrida contra o termômetro produziu uma situação inusitada na vela. Os
treinadores foram obrigados
a inventar uma engenhoca
para não deixar os atletas sozinhos durante as práticas.
Armaram barracas nos barcos e partiram para o mar
protegidos pelo abrigo de lona. "Como o filtro solar não
resolve, esse é o jeito de
acompanhar detalhes no
mar", diz Scheidt.
(GR E RD)
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