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MEMÓRIA
Sol já criou mitos e matou atleta em Estocolmo-12
DOS ENVIADOS A ATENAS
O andar trôpego no final da
maratona de Los Angeles-84
colocou Gabrielle Andersen-Scheiss na história olímpica.
Ela entrou no estádio quase
20 minutos após a americana
Joan Benoit cruzar a linha de
chegada. Com a perna esquerda praticamente paralisada, sacolejava de um lado para o outro e ameaçava desabar.
Natural da Suíça, Gabrielle
não estava acostumada com sol
tão intenso. Mesmo assim, terminou a prova. Virou exemplo
de garra e foi considerada heroína dos Jogos pelo Comitê
Olímpico Internacional.
Mas não foram apenas casos
de glória e superação que o calor produziu em 108 anos de
Olimpíadas. Em 1912, quando
o evento foi em Estocolmo, o
português Francisco Lázaro
desabou durante a maratona.
Levado às pressas para o hospital, não resistiu. Morreu após
um ataque cardíaco.
Quem quase teve fim parecido foi o inglês Arthur Sewell.
Nos 10.000 m cross-country em
Paris-1900, atordoado com a
alta temperatura, ele perdeu o
senso de direção e começou a
correr no sentido contrário da
prova. Uma colisão com outro
atleta pôs fim a sua participação. Após ser medicado, voltou
a seu país.
(GR E RD)
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