São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004

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MEMÓRIA

Sol já criou mitos e matou atleta em Estocolmo-12

DOS ENVIADOS A ATENAS

O andar trôpego no final da maratona de Los Angeles-84 colocou Gabrielle Andersen-Scheiss na história olímpica.
Ela entrou no estádio quase 20 minutos após a americana Joan Benoit cruzar a linha de chegada. Com a perna esquerda praticamente paralisada, sacolejava de um lado para o outro e ameaçava desabar.
Natural da Suíça, Gabrielle não estava acostumada com sol tão intenso. Mesmo assim, terminou a prova. Virou exemplo de garra e foi considerada heroína dos Jogos pelo Comitê Olímpico Internacional.
Mas não foram apenas casos de glória e superação que o calor produziu em 108 anos de Olimpíadas. Em 1912, quando o evento foi em Estocolmo, o português Francisco Lázaro desabou durante a maratona.
Levado às pressas para o hospital, não resistiu. Morreu após um ataque cardíaco.
Quem quase teve fim parecido foi o inglês Arthur Sewell. Nos 10.000 m cross-country em Paris-1900, atordoado com a alta temperatura, ele perdeu o senso de direção e começou a correr no sentido contrário da prova. Uma colisão com outro atleta pôs fim a sua participação. Após ser medicado, voltou a seu país. (GR E RD)


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