São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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Daiane e Diego se equiparam a ídolo japonês

DO ENVIADO A TÓQUIO

A exemplo do que fez Mitsuo Tsukahara nos anos 70, dois ginastas brasileiros -Daiane dos Santos e Diego Hypólito- conseguiram imortalizar seus nomes no código de pontuação da modalidade, ao apresentarem movimentos inéditos em competições internacionais.
Quem primeiro obteve isso foi a gaúcha, com o duplo twist carpado, cujo nome oficial é "Dos Santos".
"Estar incluída no código, não só ao lado do Tsukahara, dono de um monte de títulos, como de outros ginastas importantes, é maravilhoso. Não tenho nem palavras para dizer como isso é importante. Entrar na história da ginástica é fantástico. E possibilita poder se sentir de igual para igual com grandes nomes do esporte."
Daiane conta que pretende realizar o Tsukahara esticado em sua primeira diagonal no solo em Pequim. O movimento não pôde ser apresentado no Pan do Rio, há um ano, por causa da lesão no pé.
E afirma se sentir particularmente envaidecida pelo fato de o "Dos Santos" ter a mesma valorização no código de pontuação da ginástica artística.
"Os dois valem 0,7. É a maior nota que tem para uma diagonal do solo nas regras atualmente. E eles são movimentos até bem parecidos. O duplo twist esticado é uma meia volta, com duplo mortal para frente. O tsukahara é uma pirueta com duplo mortal. Os dois são na mesma posição, só que um tem meia volta, e outro, uma pirueta completa", explica ela.
Diego é outro que se diz satisfeito por "ser equiparado a um mito". Ele avalia que a importância histórica de Tsukahara não é apenas pelo movimento em si. "Mas porque ele lançou uma nova tendência. Foi ousado ao proporcionar um salto novo, que fez a ginástica evoluir bastante."
O bicampeão mundial do solo afirma que, no ginásio onde treinou no Japão para os Jogos de Pequim, há placas nas paredes com alguns exercícios, entre eles, o Hypólito.
"Eu fiquei muito contente quando vi essa placa ensinando meu movimento. O Tsukahara sempre foi um exemplo para mim, e ver o Hypólito descrito numa placa foi muito gratificante". (LF)


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