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Fifa quer exames em todas as ligas
DA REPORTAGEM LOCAL
A morte do jogador Antonio Puerta obrigou a Fifa a
agir rápido. A entidade que
comanda o futebol mundial
anunciou na semana passada
que irá criar uma política para tornar obrigatórios exames médicos completos nas
principais ligas de futebol.
Atualmente, Alemanha e
Itália exigem tais testes.
"Muitos estão morrendo
por doenças não diagnosticadas, por problemas congênitos que não foram descobertos. Doenças do coração são as que mais matam no mundo. As mortes no futebol não
são muito maiores que nos
outros esportes, mas futebol
é o maior esporte do mundo", afirmou Jiri Dvorak,
chefe médico da Fifa.
Segundo ele, acontecem
no mundo cerca de mil óbitos por problemas cardíacos
por ano entre atletas profissionais e amadores.
A morte do camaronês
Marc-Vivien Foe em 2003 já
havia incitado a Fifa a exigir
exames médicos completos
dos jogadores com vistas à
Copa da Alemanha-2006.
A falta de testes específicos para doenças cardíacas
tem provocado perdas também nas categorias de base e
no esporte escolar.
A equipe do cardiologista
Nabil Ghorayeb acompanhou 180 garotos que participaram das peneiras dos
principais clubes de São Paulo nesta temporada. O resultado foi espantoso: 17,7%
apresentaram algum tipo de
problema cardíaco, de benigno a grave. Um deles, de 17
anos, morreu de infarto.
O Centro Nacional de Estudos de Lesões Fatais no
Esporte, da Carolina do Norte, estima que aconteçam pelo menos 10 mortes por
doenças cardíacas por ano
nos EUA entre atletas do ensino médio e universitários.
"Mas não acredito que o
número seja tão maior do
que os casos entre as chamadas "pessoas comuns" que tinham algum problema não
diagnosticado", afirmou Frederick Mueller, diretor da
instituição.
(ML)
Com agências internacionais
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