São Paulo, segunda-feira, 03 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fifa quer exames em todas as ligas

DA REPORTAGEM LOCAL

A morte do jogador Antonio Puerta obrigou a Fifa a agir rápido. A entidade que comanda o futebol mundial anunciou na semana passada que irá criar uma política para tornar obrigatórios exames médicos completos nas principais ligas de futebol.
Atualmente, Alemanha e Itália exigem tais testes.
"Muitos estão morrendo por doenças não diagnosticadas, por problemas congênitos que não foram descobertos. Doenças do coração são as que mais matam no mundo. As mortes no futebol não são muito maiores que nos outros esportes, mas futebol é o maior esporte do mundo", afirmou Jiri Dvorak, chefe médico da Fifa.
Segundo ele, acontecem no mundo cerca de mil óbitos por problemas cardíacos por ano entre atletas profissionais e amadores.
A morte do camaronês Marc-Vivien Foe em 2003 já havia incitado a Fifa a exigir exames médicos completos dos jogadores com vistas à Copa da Alemanha-2006.
A falta de testes específicos para doenças cardíacas tem provocado perdas também nas categorias de base e no esporte escolar.
A equipe do cardiologista Nabil Ghorayeb acompanhou 180 garotos que participaram das peneiras dos principais clubes de São Paulo nesta temporada. O resultado foi espantoso: 17,7% apresentaram algum tipo de problema cardíaco, de benigno a grave. Um deles, de 17 anos, morreu de infarto.
O Centro Nacional de Estudos de Lesões Fatais no Esporte, da Carolina do Norte, estima que aconteçam pelo menos 10 mortes por doenças cardíacas por ano nos EUA entre atletas do ensino médio e universitários.
"Mas não acredito que o número seja tão maior do que os casos entre as chamadas "pessoas comuns" que tinham algum problema não diagnosticado", afirmou Frederick Mueller, diretor da instituição. (ML)


Com agências internacionais


Texto Anterior: Nem elite cuida do coração do atleta, diz especialista
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.