São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010

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Receita despenca com criação de teto para aluguel

DE SÃO PAULO

Antes da ociosidade quase total em termos de futebol profissional, o Pacaembu sofreu outro duro golpe nas suas finanças.
Ao aceitar a pressão do Corinthians, que queria reduzir o valor do aluguel pela utilização do estádio, a prefeitura paulistana viu o dinheiro arrecadado por partida, em média, despencar 55%.
Até quase o final de abril, os clubes que faziam uso do estádio pagavam por ele 12% da renda bruta, para os jogos realizados durante o dia, e 15% para as partidas disputadas à noite, quando as despesas são maiores por causa dos potentes refletores.
Depois da pressão do Corinthians, que até mudou alguns confrontos para Barueri por causa disso, a prefeitura estabeleceu tetos para o aluguel: R$ 50 mil em eventos diurnos e R$ 62,5 mil à noite.
Contabilizando Libertadores e Paulista, foram 13 jogos em 2010 com o sistema antigo de cobrança de aluguel. A prefeitura arrecadou, em média, R$ 109 mil por jogo.
O torneio continental, com as rendas milionárias obtidas pelo Corinthians -o clube alvinegro chegou a pagar mais de R$ 300 mil de aluguel por apenas um jogo-, puxou o valor para cima.
Dos dez jogos pelo Paulista-2010, seis renderam mais de R$ 62,5 mil. No jogo contra o Bragantino, por exemplo, o time do Parque São Jorge gastou R$ 172 mil para usar a arena municipal, que hoje comporta cerca de 40 mil pessoas mas que já chegou a receber mais de 70 mil.
Depois que o teto foi adotado, e incluindo também os confrontos pelo Brasileiro, o valor médio por partida do aluguel do Pacaembu ficou em R$ 48,7 mil. Para cobrir somente os custos do estádio, de acordo com seus administradores, são necessários pelo menos cinco jogos por mês. (MF E PC)


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