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Receita despenca com criação de teto para aluguel
DE SÃO PAULO
Antes da ociosidade quase
total em termos de futebol
profissional, o Pacaembu sofreu outro duro golpe nas
suas finanças.
Ao aceitar a pressão do Corinthians, que queria reduzir
o valor do aluguel pela utilização do estádio, a prefeitura
paulistana viu o dinheiro arrecadado por partida, em
média, despencar 55%.
Até quase o final de abril,
os clubes que faziam uso do
estádio pagavam por ele 12%
da renda bruta, para os jogos
realizados durante o dia, e
15% para as partidas disputadas à noite, quando as despesas são maiores por causa
dos potentes refletores.
Depois da pressão do Corinthians, que até mudou alguns confrontos para Barueri
por causa disso, a prefeitura
estabeleceu tetos para o aluguel: R$ 50 mil em eventos
diurnos e R$ 62,5 mil à noite.
Contabilizando Libertadores e Paulista, foram 13 jogos
em 2010 com o sistema antigo de cobrança de aluguel. A
prefeitura arrecadou, em média, R$ 109 mil por jogo.
O torneio continental, com
as rendas milionárias obtidas pelo Corinthians -o clube alvinegro chegou a pagar
mais de R$ 300 mil de aluguel por apenas um jogo-,
puxou o valor para cima.
Dos dez jogos pelo Paulista-2010, seis renderam mais
de R$ 62,5 mil. No jogo contra
o Bragantino, por exemplo, o
time do Parque São Jorge
gastou R$ 172 mil para usar a
arena municipal, que hoje
comporta cerca de 40 mil
pessoas mas que já chegou a
receber mais de 70 mil.
Depois que o teto foi adotado, e incluindo também os
confrontos pelo Brasileiro, o
valor médio por partida do
aluguel do Pacaembu ficou
em R$ 48,7 mil. Para cobrir
somente os custos do estádio, de acordo com seus administradores, são necessários pelo menos cinco jogos
por mês. (MF E PC)
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