São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Algo errado na escola

PETER LENZ está morto.
E talvez seja a maior tragédia dos últimos anos no esporte a motor. Porque Peter tinha sorriso de criança, cara de criança, sardas de criança. Gostava de andar de ripstik e de bicicleta. Passava horas no videogame.
Peter tinha 13 anos. E tornou-se, no domingo, o mais jovem piloto a morrer no Indianapolis Motor Speedway. Caiu da moto durante o warm-up de uma categoria americana de 250 cc e, apesar dos gestos desesperados, foi atropelado por um adversário. De 12 anos.
O primeiro sentimento é de choque. Depois, vêm a raiva, a angústia, a revolta, a tristeza. A primeira vontade, potencializada ao ver a fotografia de Peter, é pedir a proibição de crianças em provas de motos e carros.
Mas, se você vibra com Rossi, Vettel, Schumacher e Lorenzo e se era fã de Senna, está sendo incoerente.
Rossi corria de kart aos cinco anos, passou às motos aos 11. Lorenzo começou a atuar aos três. Vettel, Senna e Schumacher eram mais jovens que Peter e já batiam roda com outros garotos.
Mais: Peter já tinha todo um plano de carreira traçado. A homepage do seu site, www.peterlenz.com, traz 24 patrocinadores. Pilotos que competiam com ele têm enormes chances de chegar ao topo. Foi tudo feito conscientemente, com método.
Acontece que algo saiu muitíssimo errado. E é isso que deve ser atacado. Se a segurança é um item importante no esporte a motor, deveria ser elevada à enésima potência quando há crianças envolvidas. Limitação nos motores, barreiras para amortecimento dos choques, macacões ainda mais resistentes...
O esporte a motor não precisa de outros Peters.
Ou precisa. Vivos.

F-1
CORRIDA D

Depois do que (não) fizeram em Spa, Vettel, Button e Alonso terão o GP do ano em Monza. Para manterem as chances de título, precisam chegar bem. E de preferência à frente de Webber e Hamilton. A segunda tarefa é bem mais complicada. Líder e vice são os dois melhores pilotos desta temporada.

INDY
SINAL AMARELO

Power é o grande nome do esporte a motor em 2010. Mas não se dá bem em ovais, ao contrário de Franchitti, que o persegue de perto na tabela: a folga caiu de 59 para 23 pontos. Além disso, Ganassi, chefe do escocês, é casca-grossa nas estratégias. O australiano terá um final de 2010 bem mais duro do que imaginava.


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