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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
Algo errado na escola
PETER LENZ está morto.
E talvez seja a maior tragédia dos últimos anos no
esporte a motor. Porque Peter tinha sorriso de criança,
cara de criança, sardas de
criança. Gostava de andar
de ripstik e de bicicleta. Passava horas no videogame.
Peter tinha 13 anos. E tornou-se, no domingo, o mais
jovem piloto a morrer no Indianapolis Motor Speedway. Caiu da moto durante
o warm-up de uma categoria americana de 250 cc e,
apesar dos gestos desesperados, foi atropelado por
um adversário. De 12 anos.
O primeiro sentimento é
de choque. Depois, vêm a
raiva, a angústia, a revolta,
a tristeza. A primeira vontade, potencializada ao ver a
fotografia de Peter, é pedir
a proibição de crianças em
provas de motos e carros.
Mas, se você vibra com
Rossi, Vettel, Schumacher e
Lorenzo e se era fã de Senna, está sendo incoerente.
Rossi corria de kart aos
cinco anos, passou às motos aos 11. Lorenzo começou
a atuar aos três. Vettel, Senna e Schumacher eram mais
jovens que Peter e já batiam
roda com outros garotos.
Mais: Peter já tinha todo
um plano de carreira traçado. A homepage do seu site,
www.peterlenz.com, traz
24 patrocinadores. Pilotos
que competiam com ele têm
enormes chances de chegar
ao topo. Foi tudo feito conscientemente, com método.
Acontece que algo saiu
muitíssimo errado. E é isso
que deve ser atacado. Se a
segurança é um item importante no esporte a motor,
deveria ser elevada à enésima potência quando há
crianças envolvidas. Limitação nos motores, barreiras para amortecimento
dos choques, macacões
ainda mais resistentes...
O esporte a motor não
precisa de outros Peters.
Ou precisa. Vivos.
F-1
CORRIDA D
Depois do que (não) fizeram
em Spa, Vettel, Button e
Alonso terão o GP do ano em
Monza. Para manterem as
chances de título, precisam
chegar bem. E de preferência à frente de Webber e Hamilton. A segunda tarefa é
bem mais complicada. Líder
e vice são os dois melhores
pilotos desta temporada.
INDY
SINAL AMARELO
Power é o grande nome do esporte a motor em 2010. Mas
não se dá bem em ovais, ao
contrário de Franchitti, que o
persegue de perto na tabela:
a folga caiu de 59 para 23 pontos. Além disso, Ganassi, chefe do escocês, é casca-grossa
nas estratégias. O australiano
terá um final de 2010 bem
mais duro do que imaginava.
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