São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011 |
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Brasil leva a campo ataque caseiro SELEÇÃO Contra Gana, segunda, quadra ofensiva será formada por atletas que jogam no país MARTÍN FERNANDEZ ENVIADO ESPECIAL A LONDRES O Brasil encarará Gana, em amistoso na segunda-feira, com um ataque feito em casa e uma defesa à europeia. Os sete atletas com obrigações defensivas que serão titulares nesse jogo da seleção atuam em clubes europeus. E os quatro homens de frente defendem times brasileiros, dos quais, dizem, não pretendem sair tão cedo, apesar do assédio que sofrem -exceção feita a Ronaldinho. O técnico Mano Menezes pôde contar ontem com os 22 jogadores chamados para o amistoso -os dez que chegaram do Brasil foram poupados de parte das atividades. O treinador armou a defesa com Júlio César e Lúcio, da Inter de Milão, Daniel Alves do Barcelona, Thiago Silva, do Milan, e Marcelo, do Real Madrid. À frente deles, Lucas Leiva, do Liverpool, e Fernandinho, do Shakhtar Donetsk. Dali para a frente, Ganso e Neymar, do Santos, Ronaldinho, do Flamengo, e Leandro Damião, do Internacional. Trata-se da confirmação da tendência que já se verificava em 2010: craque brasileiro na Europa atua na defesa. Momentos antes de Mano montar esse time para o treino tático, três das maiores revelações do futebol brasileiro esnobaram a Europa. "Tenho contrato longo, estou feliz no Inter", disse Leandro Damião, 22, que em seguida seria oficializado como o substituto de Alexandre Pato na seleção brasileira. O meia Lucas, 19, disse ter recebido proposta "de um clube italiano" e não teve nenhum problema para dizer que prefere continuar no São Paulo. "Gostaria de jogar num grande clube da Europa, mas sei que ainda não é a hora e não tenho pressa." Por fim, Neymar também reafirmou sua intenção de continuar no Santos, em vez de se mudar para a Espanha. "Tenho tudo que gosto em Santos, meus amigos, minha família, o clube do coração", afirmou, para em seguida driblar as várias perguntas de um jornalista espanhol sobre Real Madrid, Cristiano Ronaldo, Barcelona e Messi. Ele brincou sobre o nascimento do filho, David Lucca. "Tenho que correr em dobro para alimentar mais um." Pato, que ontem completou 22 anos, fez o caminho inverso dos "brasileiros" que por ora rejeitam a ideia de jogar no velho continente. Aos 17, trocou o Inter pelo Milan, mas nunca se firmou na seleção -nem com Dunga nem com Mano, que perdeu a paciência com a quantidade de gols desperdiçados. Robinho, que provavelmente seria reserva de Ronaldinho, foi cortado devido a um edema ósseo no púbis. Texto Anterior: Rita Siza: A crise das transferências Próximo Texto: CBF tenta enquadrar jornalista escocês Índice | Comunicar Erros |
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