DE SÃO PAULO

Presidente do Hércules desde 2004, o empresário do setor imobiliário Valentín Botella sucedeu o sócio majoritário do time, Enrique Ortiz. Aliado do ex-mandatário, o cartola defende o antecessor de denúncias, mas admite que o modelo da equipe em seu retorno à elite do futebol espanhol é deficitário. (RR)

Folha - Como um clube recém-promovido para a elite consegue contratar jogadores famosos e caros? Valentín Botella - Isso é uma parte de um projeto que temos. Ficamos muito tempo fora da primeira divisão e precisávamos voltar em grande estilo. Tivemos que mudar muita coisa. Mas agora temos jogadores que honram nosso nome.

O clube será capaz de fechar esta temporada no azul?
Possivelmente teremos deficit, mas não muito grande. Para o ano que vem, com o aumento dos sócios e do dinheiro da televisão, vamos conseguir igualar investimento e custo. Tínhamos que gastar neste ano para ficarmos fortes, porque o nível é mais alto do que o da segunda divisão. Mas, a partir de agora, não precisaremos investir tanto.

Qual a importância do dinheiro de Enrique Ortíz no orçamento do Hércules?
O clube é uma sociedade com vários cotistas, e ele é o majoritário. Temos outros sócios, mas é importante que ele seja nosso maior acionista porque o clube ainda não é rentável.

Mas ele já esteve envolvido em casos de corrupção. Isso não prejudica o time?
A imprensa fala muito, mas não sabe toda a verdade. Para mim, Enrique Ortíz é uma pessoa importantíssima dentro do clube. Acredito muito nele, devo muito a ele. Ele é meu companheiro.

Não teme que a imagem do clube fique arranhada?
Não. Sabemos que não fizemos nada de errado.


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