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Santos revê o Vitória sem seus meninos
SÉRIE A
Clube pega rival da final da Copa do Brasil só com Neymar
LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
São apenas três meses entre uma partida e outra, mas
quanta diferença no Santos.
A equipe reencontra hoje,
às 19h30, na Vila Belmiro, o
Vitória, adversário da decisão da Copa do Brasil deste
ano, título que serviu para a
afirmação da geração de
2010 dos meninos da Vila.
Desde aquela noite de 4 de
agosto, quando perdeu por 2
a 1 no Barradão, mas faturou
a taça, muita coisa mudou
na equipe do litoral paulista.
Dentro e fora de campo.
Todas essas diferenças se
refletiram nos números do
Santos nesta temporada.
Até o segundo jogo da final
da Copa do Brasil, a equipe
santista tinha o invejável
aproveitamento de 68% dos
pontos disputados no ano.
Essa estatística despencou
desde então: foram somente
49% dos pontos conquistados depois de 4 de agosto.
Os gols também rarearam.
A média da equipe caiu de
2,89 por partida para 1,52.
O confronto em Salvador
foi o último de Robinho e André pelo clube. Ambos comemoraram o campeonato inédito na história do Santos
e, em seguida, embarcaram
para o futebol europeu.
O quarteto que encantou
com seu bom futebol -venceu o torneio nacional com a
melhor média de gols da história da competição (3,5 por
jogo)- sofreu nova baixa
pouco tempo depois.
Foi quando o meia Paulo
Henrique Ganso rompeu os
ligamentos cruzados do joelho em jogo contra o Grêmio.
Principal articulador da
equipe, ele continua em recuperação. A previsão para
seu retorno é apenas no início da próxima temporada.
Sobrou Neymar. E é justamente o atacante o principal
responsável pelas mudanças
do lado de fora do campo.
A alegria e as dancinhas
que fizeram o Chelsea, da Inglaterra, oferecer 35 milhões para bancar sua multa
rescisória deram lugar a uma
polêmica seguida da outra.
A principal delas resultou
na demissão do técnico Dorival Jr., que assumiu um time
desacreditado no início do
ano e o transformou na sensação do futebol nacional.
Hoje Neymar terá novamente pela frente o treinador
Antônio Lopes, um dos primeiros a expor sua desaprovação ao comportamento do
jovem atacante de 18 anos.
Em setembro, quando ainda era treinador do Avaí, Lopes acusou Neymar de provocar seus jogadores. "Ele
dizia que era milionário e que
podia tudo", atacou ele.
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