São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2010

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Coadjuvante

Vencedor em Interlagos 2 vezes, Massa chega à corrida na pior posição desde a estreia na Ferrari

Rubens Cavallari/Folhapress
Felipe Massa, no Salão do Automóvel, ontem, em São Paulo

TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO

A situação é nova -e incômoda- para Felipe Massa.
Às vésperas de disputar o GP Brasil pela quarta vez como piloto da Ferrari, o brasileiro nunca chegou ao autódromo paulistano em posição tão ruim no campeonato. É apenas o sexto colocado.
Em 2006, seu ano de estreia pelo time, Massa desembarcou em São Paulo em terceiro lugar, atrás apenas de Fernando Alonso, então na Renault, e Michael Schumacher, seu companheiro de equipe na ocasião.
Deixou a pista com sua primeira vitória em Interlagos.
Na temporada seguinte, também alijado da disputa pelo título, Massa ocupava o quarto posto no Mundial, outra vez atrás dos candidatos à taça: Lewis Hamilton, Alonso e Kimi Raikkonen, seu companheiro de Ferrari.
Quase saiu de São Paulo com outra vitória, não tivesse aberto passagem para que o finlandês fosse campeão.
Em 2008, Massa viveu seu auge em casa. Desembarcou ainda na disputa pelo campeonato, venceu e viu Hamilton sagrar-se campeão por só um ponto de vantagem.
No ano passado, recuperando-se do grave acidente na Hungria, não correu.
Agora, chega a Interlagos em sexto lugar no Mundial.
"Foi um ano complicado para mim, tive bastante dificuldade, especialmente em achar a temperatura certa dos pneus, e claro que não foi a temporada que imaginava fazer", falou Massa, ontem, em seu primeiro evento com a imprensa em São Paulo.
"Acho que aprendi bastante neste ano, não foi um momento fácil, mas, na minha carreira, sempre passei por coisas difíceis", completou o brasileiro, que disse ainda que correr na Ferrari é sempre motivo de pressão, esteja ele andando bem ou mal.
Neste final de semana, o piloto terá duas missões. Além de tentar auxiliar a Ferrari a somar bons pontos para o campeonato de construtores -é a terceira, atrás de Red Bull e McLaren-, terá ainda que ajudar Alonso a assegurar o título no domingo.
"Ele fez uma temporada melhor, foi mais competitivo e, se depender de mim, vou fazer o que puder para ajudá--lo, afinal sou profissional".
Será a primeira vez que ele correrá em casa após ter cedido a vitória para o piloto espanhol no GP da Alemanha.
"O público sempre me tratou bem. E tenho certeza de que a maior parte vai continuar torcendo para mim."


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