DA SUCURSAL DO RIO

Apesar de o clube estar afundado em dívidas, o presidente do Fluminense, David Fischel, já deu início ao projeto para manter Romário nas Laranjeiras em 2003.
Romário, 36, recebe cerca de R$ 200 mil mensais. A quantia é paga pela Unimed, e a empresa já se colocou à disposição para viabilizar o negócio. "Podemos tentar recursos de outras Unimeds. O retorno que tivemos com o Romário foi fantástico. Se tivesse que pagar por toda a exposição da marca, isso nos custaria quatro vezes mais", disse Celso Barros, presidente da Unimed-Rio.
A Unimed reúne cerca de 364 cooperativas de médicos pelo país. Todas têm autonomia para firmar contratos de patrocínio.
A eventual conquista do Nacional poderá agravar mais a situação financeira do clube -Romário deve pedir aumento salarial. Os atletas não recebem salários há cerca de três meses. Há sete meses, a diretoria suspendeu o pagamento dos direitos de imagem.
Para não ficar dependendo só da Unimed, Fischel está tentando um plano alternativo envolvendo outros patrocinadores.
"Além dos gols, o Romário ajudou a internacionalizar o Fluminense. Por isso, queremos mantê-lo", disse ele, que torce pela classificação para a Libertadores-2003.
Fischel avalia que a disputa do torneio seria um trunfo para o atleta continuar nas Laranjeiras. Romário nunca ganhou a Libertadores. O atacante é o artilheiro do time no Brasileiro, com 16 gols.
Para o jogo de amanhã, contra o Corinthians, o técnico Renato Gaúcho não contará com Marciel, suspenso, e Yan, contundido. O meia Beto, que cumpriu suspensão, volta ao time. (SÉRGIO RANGEL)


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