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Maior delegação do Pan, Brasil vê rivais crescerem
COB estima que equipe brasileira terá 697 atletas, a mais inchada dos Jogos
Participação proporcional
do país no Rio-2007 será metade do Pan de São Paulo
em 1963, pois número de
estrangeiros quadruplicará
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para disputar o Pan-2007, no
Rio de Janeiro, a delegação brasileira terá um desafio maior do
que o enfrentado pela equipe
que disputou a competição em
São Paulo, em 1963. É o que
mostram estimativas do Comitê Olímpico Brasileiro.
Explica-se: o Brasil terá, proporcionalmente, uma equipe
que representa metade da utilizada naquela competição.
Segundo a entidade, o país terá a sua maior delegação da história em números absolutos. A
previsão é de 697 atletas nacionais no evento. Isso representa
um crescimento de 49% em relação ao Pan de Santo Domingo
(República Dominicana), realizado em 2003, quando 467 brasileiros participaram.
O COB prevê que o Brasil terá a maior delegação, batendo
os EUA. Afinal, como país-sede,
tem vaga garantida em todos os
esportes. "Os norte-americanos sempre podem deixar de se
classificar em alguma coisa",
diz o diretor técnico do comitê,
Marcus Vinícius Freire.
Mas esses números não garantem uma participação vitoriosa ao país. Em relação ao outro Pan caseiro, há 43 anos em
São Paulo, o Brasil terá concorrência maior no próximo ano.
Naquela competição, a delegação brasileira era de 383 atletas, em meio a 1.665 no total.
Ou seja, eles representavam
23,12% dos participantes. E o
Brasil obteve seu melhor resultado, a segunda colocação, com
14 ouros e 52 medalhas.
No Pan-2007, a previsão é de
5.500 esportistas. Assim, a delegação brasileira, com 697, significará 12% dos participantes.
Agora, o projeto do COB é
chegar em terceiro lugar. O segundo lugar é visto como difícil
por causa dos cubanos. Os EUA
são considerados imbatíveis.
"O objetivo é passar o Canadá, que tem ficado em terceiro",
declara Freire. "Ainda queremos encostar em Cuba, mas é
difícil passá-los na tabela porque são muito focados e obtêm
muitas medalhas de ouro."
A classificação é determinada pelo número de ouros. Depois, contam as medalhas de prata e de bronze.
Em Santo Domingo, o Brasil
empatou em ouros com o Canadá, com 29. Mas perdeu em
pratas. No total, os canadenses
tiveram 128, contra 121 nacionais. Em segundo, Cuba obteve
72 ouros (152 medalhas).
"É nossa melhor preparação
para o Pan porque pela primeira vez tivemos as verbas da Lei
Piva em um ciclo inteiro", afirma Freire.
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