São Paulo, domingo, 03 de dezembro de 2006

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Maior delegação do Pan, Brasil vê rivais crescerem

COB estima que equipe brasileira terá 697 atletas, a mais inchada dos Jogos

Participação proporcional do país no Rio-2007 será metade do Pan de São Paulo em 1963, pois número de estrangeiros quadruplicará

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para disputar o Pan-2007, no Rio de Janeiro, a delegação brasileira terá um desafio maior do que o enfrentado pela equipe que disputou a competição em São Paulo, em 1963. É o que mostram estimativas do Comitê Olímpico Brasileiro.
Explica-se: o Brasil terá, proporcionalmente, uma equipe que representa metade da utilizada naquela competição.
Segundo a entidade, o país terá a sua maior delegação da história em números absolutos. A previsão é de 697 atletas nacionais no evento. Isso representa um crescimento de 49% em relação ao Pan de Santo Domingo (República Dominicana), realizado em 2003, quando 467 brasileiros participaram.
O COB prevê que o Brasil terá a maior delegação, batendo os EUA. Afinal, como país-sede, tem vaga garantida em todos os esportes. "Os norte-americanos sempre podem deixar de se classificar em alguma coisa", diz o diretor técnico do comitê, Marcus Vinícius Freire.
Mas esses números não garantem uma participação vitoriosa ao país. Em relação ao outro Pan caseiro, há 43 anos em São Paulo, o Brasil terá concorrência maior no próximo ano.
Naquela competição, a delegação brasileira era de 383 atletas, em meio a 1.665 no total. Ou seja, eles representavam 23,12% dos participantes. E o Brasil obteve seu melhor resultado, a segunda colocação, com 14 ouros e 52 medalhas.
No Pan-2007, a previsão é de 5.500 esportistas. Assim, a delegação brasileira, com 697, significará 12% dos participantes.
Agora, o projeto do COB é chegar em terceiro lugar. O segundo lugar é visto como difícil por causa dos cubanos. Os EUA são considerados imbatíveis.
"O objetivo é passar o Canadá, que tem ficado em terceiro", declara Freire. "Ainda queremos encostar em Cuba, mas é difícil passá-los na tabela porque são muito focados e obtêm muitas medalhas de ouro."
A classificação é determinada pelo número de ouros. Depois, contam as medalhas de prata e de bronze.
Em Santo Domingo, o Brasil empatou em ouros com o Canadá, com 29. Mas perdeu em pratas. No total, os canadenses tiveram 128, contra 121 nacionais. Em segundo, Cuba obteve 72 ouros (152 medalhas).
"É nossa melhor preparação para o Pan porque pela primeira vez tivemos as verbas da Lei Piva em um ciclo inteiro", afirma Freire.


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