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Tumulto no aeroporto faz vôo atrasar
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria corintiana
conseguiu lugar num vôo
que deixaria Porto Alegre
às 21h de ontem, pouco
menos de três horas após o
rebaixamento. A idéia era
desembarcar em Congonhas, mas não foi possível
por causa de um tumulto.
Torcedores que viajavam no mesmo avião da
delegação passaram a
ofender os jogadores. Um,
mais exaltado, foi retirado
por policiais federais.
Com o atraso, o vôo teve
de pousar em Guarulhos
(Congonhas encerra suas
atividades às 23h). Na chegada, por volta de 23h30, o
elenco embarcou da pista
diretamente num ônibus
que o levou ao Parque São
Jorge. No saguão, três torcedores gritavam palavras
de ordem contra o ex-presidente Alberto Dualib.
Mais exaltado, um grupo de dez pessoas lançou
panos em chamas em direção à casa de Dualib, na Vila Madalena (zona oeste
de São Paulo). Eles foram
dispersados por policiais.
No Olímpico, a torcida
estendeu sua trégua: em
vez de fazer cobranças e
pressionar o elenco que levou o clube à Série B, os
torcedores preferiram entoar o hino corintiano e
outros gritos de apoio,
predominantes na reta final do Brasileiro.
Quando o cansaço se
abateu, ainda à espera da
liberação da polícia para
deixar o estádio, o silêncio
predominou.
A hostilidade ficou a
cargo da torcida local. Na
madrugada de ontem, a
delegação do Corinthians
teve de ouvir provocações
de torcedores gaúchos.
Para evitar confrontos, a
Brigada Militar represou
os ônibus corintianos na
entrada de Porto Alegre.
Porém conflitos não foram evitados. Dois táxis
com torcedores corintianos acabaram sendo apedrejados e tiveram os vidros quebrados.
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