São Paulo, segunda-feira, 03 de dezembro de 2007

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Queda alvinegra aplaca mágoa verde

Mesmo sem vaga na Libertadores, palmeirenses pouco vaiam seu time e ficam no estádio para festejar tragédia de rival

Palmeiras 1
Atlético-MG 3

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras tinha como exemplo o desempenho de São Paulo, Flamengo e Santos como mandantes no segundo turno para conquistar a classificação à Libertadores de 2008 diante de sua torcida.
Mas, num clima de "Maracanazo" em pleno Parque Antarctica, com direito a jogadores chorando ainda no gramado, o Palmeiras deu adeus à competição que tanto desejava disputar com uma melancólica derrota para o Atlético-MG.
Engana-se, porém, quem esperava revolta no estádio. A torcida não deixou as arquibancadas, ligada na partida do Corinthians. Com a definição da queda do arqui-rival, um grito de "ão, ão, ão, segunda divisão" explodiu como uma festa e serviu para aplacar o ressentimento do fiasco dentro de casa.
A síndrome de nadar, nadar e morrer na praia acabou marcando o ano do técnico Caio Júnior à frente do time em 2007. Depois de nem sequer atuar nas semifinais do Paulista, ser eliminado da Copa do Brasil pelo modesto Ipatinga e ficar de fora da luta pelo título nacional, restava ao clube a participação na Libertadores. Mas o time, de novo, decepcionou.
O revés de ontem também decretou o fim da era Edmundo no clube. "Muito chato sair dessa maneira. Estou me despedindo do Palmeiras com derrota. Faltou vontade, disposição", falou o jogador, encerrando sua passagem no clube.
Restou ao Palmeiras a Copa Sul-Americana, como amargo consolo de quem veio ao estádio para festejar uma vaga no mais nobre torneio da América.
O Palmeiras estava em casa, mas quem pareceu ser o mandante era o Atlético-MG.
Com sete minutos, os mineiros já contavam com três escanteios. Logo depois, Diego Cavalieri se atirou nos pés de um atacante adversário para evitar gol certo.
Agoniada pelo temor de o time tremer em casa, a torcida quase foi à loucura com duas chances claras desperdiçadas por Rodrigão e Deyvid.
E, numa rebatida na área, o atleticano Éder Luís pintou o cenário de tragédia aos 33min, com o 1 a 0. O desespero só não foi maior porque, logo em seguida, Rodrigão sofreu pênalti. Edmundo empatou: 1 a 1.
Na etapa final, com o artilheiro Caio em campo (entrou no lugar de Luiz Henrique), o Palmeiras foi para cima. Rodrigão acertou a trave em cabeçada.
O time cresceu, mas, num contra-ataque, foi o Atlético-MG quem voltou a ter vantagem no placar. Marinho, em posição duvidosa, fez 2 a 1. E, se o confronto já era bem administrado pelo time mineiro, Eduardo, de cabeça, tratou de fechar a conta ao fazer 3 a 1 e definir a vitória dos visitantes em pleno Parque Antarctica.
No final, tristeza em campo e gritos tímidos de timinho. Na verdade, restou aos palmeirenses secar os corintianos e comemorar o descenso do rival.


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