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Queda alvinegra aplaca mágoa verde
Mesmo sem vaga na Libertadores, palmeirenses pouco vaiam seu time e ficam no estádio para festejar tragédia de rival
Palmeiras 1
Atlético-MG 3
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras tinha como
exemplo o desempenho de São
Paulo, Flamengo e Santos como mandantes no segundo turno para conquistar a classificação à Libertadores de 2008
diante de sua torcida.
Mas, num clima de "Maracanazo" em pleno Parque Antarctica, com direito a jogadores
chorando ainda no gramado, o
Palmeiras deu adeus à competição que tanto desejava disputar com uma melancólica derrota para o Atlético-MG.
Engana-se, porém, quem esperava revolta no estádio. A
torcida não deixou as arquibancadas, ligada na partida do Corinthians. Com a definição da
queda do arqui-rival, um grito
de "ão, ão, ão, segunda divisão"
explodiu como uma festa e serviu para aplacar o ressentimento do fiasco dentro de casa.
A síndrome de nadar, nadar e
morrer na praia acabou marcando o ano do técnico Caio Júnior à frente do time em 2007.
Depois de nem sequer atuar
nas semifinais do Paulista, ser
eliminado da Copa do Brasil
pelo modesto Ipatinga e ficar
de fora da luta pelo título nacional, restava ao clube a participação na Libertadores. Mas o
time, de novo, decepcionou.
O revés de ontem também
decretou o fim da era Edmundo
no clube. "Muito chato sair dessa maneira. Estou me despedindo do Palmeiras com derrota. Faltou vontade, disposição",
falou o jogador, encerrando sua
passagem no clube.
Restou ao Palmeiras a Copa
Sul-Americana, como amargo
consolo de quem veio ao estádio para festejar uma vaga no
mais nobre torneio da América.
O Palmeiras estava em casa,
mas quem pareceu ser o mandante era o Atlético-MG.
Com sete minutos, os mineiros já contavam com três escanteios. Logo depois, Diego
Cavalieri se atirou nos pés de
um atacante adversário para
evitar gol certo.
Agoniada pelo temor de o time tremer em casa, a torcida
quase foi à loucura com duas
chances claras desperdiçadas
por Rodrigão e Deyvid.
E, numa rebatida na área, o
atleticano Éder Luís pintou o
cenário de tragédia aos 33min,
com o 1 a 0. O desespero só não
foi maior porque, logo em seguida, Rodrigão sofreu pênalti.
Edmundo empatou: 1 a 1.
Na etapa final, com o artilheiro Caio em campo (entrou no
lugar de Luiz Henrique), o Palmeiras foi para cima. Rodrigão
acertou a trave em cabeçada.
O time cresceu, mas, num
contra-ataque, foi o Atlético-MG quem voltou a ter vantagem no placar. Marinho, em
posição duvidosa, fez 2 a 1. E, se
o confronto já era bem administrado pelo time mineiro,
Eduardo, de cabeça, tratou de
fechar a conta ao fazer 3 a 1 e
definir a vitória dos visitantes
em pleno Parque Antarctica.
No final, tristeza em campo e
gritos tímidos de timinho. Na
verdade, restou aos palmeirenses secar os corintianos e comemorar o descenso do rival.
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