São Paulo, quinta-feira, 03 de dezembro de 2009

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Cartolas e anfitriões não se entendem sobre os grupos

DOS ENVIADOS À CIDADE DO CABO

A Fifa diz uma coisa, os organizadores sul-africanos, outra, e a seleção brasileira torce e também aposta nos anfitriões.
Ao anunciar os cabeças de chave para o sorteio de amanhã, a federação internacional também anunciou que a distribuição desses times pelas chaves, com exceção da seleção da casa, já escalada para encabeçar o Grupo A, será feita também por forma de sorteio.
Porém minutos depois desse anúncio, Danny Jordaan, o principal executivo do Comitê Organizador Local, afirmou à Folha que o Brasil será o cabeça de chave do Grupo B, fazendo assim, durante a primeira fase, duas partidas na cidade de Johannesburgo (uma no Ellis Park e a outra no Soccer City) e a última em Polokwane.
Se ficar em primeiro na chave e for até à final, o Brasil ainda irá fazer mais dois jogos na principal cidade sul-africana, diminuindo o número de deslocamentos por um país com carências de transporte.
É tudo o que Dunga quer.
A Folha apurou que essa é justamente a chave desejada pela CBF. O motivo é que os planos do treinador e da entidade passam por fazer a região de Johannesburgo como quartel-general do time brasileiro durante todo o Mundial.
Por isso a preocupação em adaptar a equipe ao clima frio e à altitude (Johannesburgo está 1.700 m acima do nível do mar) -a seleção vai iniciar sua preparação em Curitiba, a capital mais fria e alta do Brasil.
Mais do que atender aos desejos da CBF, a África do Sul pensa na logística do Mundial.
Os organizadores locais temem que Brasil e Inglaterra, que, segundo eles, devem atrair o maior número de torcedores, joguem em cidades com número reduzido de hotéis. A preocupação maior remete às cidades de Port Elizabeth, no litoral sul, e Bloemfontein, no centro do país. A Fifa, no entanto, declarou ontem que não existe mais temor algum em relação a hospedagem para 2010.
Mas, para não correr riscos, os anfitriões colocam os ingleses como prováveis cabeças de chave do Grupo H.
O líder dessa chave, caso vá até a decisão, somente irá passar pelas cidades sul-africanas de melhor estrutura atualmente -Johannesburgo, Durban, Pretória e Cidade do Cabo.
Caso seja confirmado no Grupo B, o Brasil só jogaria em uma cidade pequena -Polokwane, mas que fica em uma das áreas com melhor infraestrutura hoteleira da África do Sul por causa da sua proximidade das principais áreas de safári do país. (PC E RBU)


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